O número de desempregados inscritos nos centros de emprego na França atingiu em março a marca recorde de 3,244 milhões de pessoas segundo dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (25/04). Trata-se do pior desempenho registrado desde janeiro de 1997, quando foram registrados 3,193 milhões de pessoas sem ocupação formal.
Isso significa que, nesse mês, quase duas mil pessoas por dia útil perderam emprego no país, já que os novos inscritos totalizaram 36.900 pessoas (aumento de 1,2% face a fevereiro). O mês de março de 2013 registrou mais 11,5% desempregados do que o mesmo mês do ano anterior.
Esses números, entretanto, não traduzem a taxa oficial de desemprego do país, já que incluem apenas os franceses que não exercem qualquer atividade remunerada e que estão à procura de emprego. Se a esse universo se somarem aqueles que têm uma atividade reduzida à procura de um novo emprego, e os que já desistiram de procurar ativamente, o número de inscritos nos centros passa a barreira dos cinco milhões.
Em fevereiro, a taxa de desemprego medida pela Eurostat (órgão estatístico da União Europeia) era de 10,8%, o que deve aumentar assim que o órgão anunciar a porcentagem oficial.
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Entre os jovens (até 25 anos), os números também são desanimadores, como no restante do continente, tendo aumentado em 1,3% no último mês e 10,9% em um ano. Entre quem tem 50 anos ou mais, o aumento em Março foi igualmente de 1,3% face a Fevereiro e de 17% face a um ano antes.
O número de inscritos nos centros de emprego em França está a aumentar há quase dois anos. E na chamada França metropolitana, quase 1,9 milhões de pessoas estão fora do mercado de trabalho há um ano ou mais tempo (desemprego de longa duração). Em março o número de pessoas nesta situação aumentou 1,1% em relação a fevereiro e 15,1% face ao mesmo mês de 2012.
O total de homens desempregados aumentou 1,3% num mês (12,9% num ano); entre a população feminina desempregada, o aumento foi de 1% entre fevereiro e março (e de 10% em relação a março de 2012).
Em um período de incerteza sobre a evolução da atividade econômica do segundo maior país da zona euro, o Executivo francês espera uma ligeira retomada na criação de postos de trabalho na segunda metade de 2013 e um recuo na taxa de desemprego no último trimestre.
(*) com agência de notícias internacionais