O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta sexta-feira (07/06) que espera entrar em acordo com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pelo fim do conflito armado no país ainda em 2013.
“Tenho confiança de que vamos chegar a um acordo. Acredito que, se houver vontade política do outro lado, podemos terminar as negociações e o conflito antes do final do ano”, afirmou Santos durante discurso em Londres.
Agência Efe
Juan Manuel Santos deve concorrer à reeleição na Colômbia em 2014
Na opinião do presidente colombiano, “as guerrilhas não têm alternativa. É agora ou nunca.” No mês passado, o governo e as FARC concluíram um acordo sobre o primeiro dos cinco pontos principais contidos na agenda do diálogo de paz: a questão agrária.
Eleições
Apesar de as negociações com as guerrilhas contarem com o apoio da comunidade internacional, Santos tem sido bastante criticado na Colômbia, em especial por aliados do ex-presidente Álvaro Uribe. Nesta quinta-feira, Marta Lucía Ramírez, ex-ministra da Defesa e de Comércio Exterior, sugeriu uma aliança entre as forças conservadoras do país para “construir uma alternativa política de centro, civilista e democrática”, com vistas às eleições de 2014.
Para liderar esse grupo, Ramírez, que é pré-candidata à Presidência pelo Partido Conservador, defende a indicação de Uribe. “É o momento de oferecer à Colômbia uma alternativa que gere um projeto de nação sólida, com uma visão de futuro que aglutine os valores de nossos cidadãos”, afirmou.
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A ex-ministra ainda elogiou a “aposta” de Uribe “em uma política de segurança firme”, o que poderia unir o centro em torno de “uma resposta para um país melhor”.
Nas eleições de 2010, Santos foi eleito com o apoio de Uribe, que contava com altos índices de popularidade após oito anos de governo. Na ocasião, Santos, então ministro da Defesa, derrotou no segundo turno o representante do Partido Verde, Antanas Mockus.
Curiosamente, a proposta de Ramírez prevê que a candidatura de Uribe em 2014 seja apoiada por Mockus. Apesar de negar publicamente que será candidato, o ex-presidente deixou o governista Partido de la U e criou uma nova força política chamada Puro Centro Democrático.