A escolha do reformista Hassan Rohani como novo presidente do Irã foi vista com bons olhos pelos Estados Unidos, que considerou a mesma como um “sinal potencialmente esperançoso” de que o país realizará as mudanças necessárias “para trabalhar junto com a comunidade internacional”, afirmou neste domingo (16/6) o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough. O governo se refere a uma mudança no programa nuclear iraniano, considerada ilegal e para fins militares por Washington – acusação negara pelo governo de Teerã.
“Se ele está, como afirmou em seus atos de campanha, interessado em regular as relações do Irã com o resto do mundo, há uma oportunidade de fazermos”, afirmou McDonough em declarações à emissora CBS.
Neste caso, o principal aspecto será saber se Rowhani terá vontade “de se responsabilizar pelo programa nuclear ilícito do Irã”. “Se fizer isso, ele encontrará um aliado”, completou o assessor-chefe do presidente norte-americano, Barack Obama.
McDonough ressaltou que as eleições presidenciais da última sexta-feira no Irã foram realizadas em um contexto de “falta de liberdade de imprensa, falta de transparência e, em muitos casos, assédio”.
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“Acho que levando em conta essas circunstâncias muito difíceis, todos deveríamos estar bastante orgulhosos da forma como os iranianos decidiram participar para expressar suas opiniões e aspirações democráticas”, assinalou.
Ontem, após a confirmação do resultado, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, também reconheceu a vitória de Rowhani, que assumiu a Presidência iraniana no primeiro turno ao superar os 50% dos votos emitidos.
Carney assegurou que os Estados Unidos “segue preparado para se relacionar com o governo iraniano de forma direta para alcançar uma solução diplomática que responda de forma completa às preocupações da comunidade internacional sobre o programa nuclear do Irã”.