O ex-juiz espanhol e advogado de Julian Assange, Baltasar Garzón, teria manifestado neste domingo (23/06) o interesse da equipe legal do Wikileaks, que ele mesmo dirige, em “preservar os direitos” do ex-agente da CIA (agência de inteligência americana), Edward Snowden, acusado pelos Estados Unidos de espionagem.
Em comunicado divulgado hoje pelo Wikileaks em sua conta oficial no Twitter, Garzón considerou que “o que se está fazendo a Edward Snowden e a Julian Assange – por facilitar informação de interesse público – representa um ataque contra as pessoas”. Segundo ele, “a equipe legal do Wikileaks e eu estamos interessados em preservar os direitos de Snowden e protegê-lo como pessoa.”
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No entanto, Garzón, que está no Haiti trabalhando em um projeto de sua Fundação Internacional Baltasar Garzón (FIBGAR) para ajudar a atenuar a pobreza nesse país, explicou por telefone à Agência Efe que “o Wikileaks me solicitou a defesa de Snowden, mas eu não aceitei ainda até que estude o caso”.
Nessa mesma nota, o Wikileaks declara que “o informante norte-americano, que expôs a existência de um regime de vigilância global realizado pelas agências de inteligência dos EUA e do Reino Unido, deixou Hong Kong de forma legal”. O portal acrescenta que o ex-analista, de 29 anos, “está a caminho de uma nação democrática, através de uma rota segura, cujo propósito é buscar asilo e está sendo escoltado por diplomatas e assessores legais do Wikileaks”.