Após a divulgação nesta segunda-feira (16/09) do relatório da ONU que confirma a utilização de armas químicas na guerra civil da Síria, Estados Unidos, França e Reino Unido voltaram a afirmar que o ataque foi feito pelo governo de Bashar Al Assad.
De acordo com o relatório, foi utilizado gás sarin nos ataques. O que os norte-americanos e seus aliados alegam é que somente o exército sírio tem capacidade para utilizar a substância. Por sua vez, Damasco culpa a oposição pelo uso da munição. É sabido que as forças que combatem o governo Assad recebem armamento de outros países, mas não há confirmação oficial de que armas químicas estejam entre eles.
Agência Efe
Samantha Power: detalhes técnicos “deixam clara” responsabilidade de Assad
“A informação contida no relatório, de que o agente sarin foi espalhado por meio de foguetes terra-terra que só o governo de Assad têm, deixa clara a responsabilidade”, afirmou Jim Carney, porta-voz da Casa Branca.
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A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, seguiu o mesmo discurso. “O mandato da missão não era investigar quem empregou as armas químicas, mas os detalhes técnicos do relatório deixam claro que só o governo sírio pode ter lançado esse ataque”, afirmou.
Por sua vez, o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, concordou com seus colegas de EUA e França em que o relatório dos inspetores das Nações Unidas “não deixa dúvidas” que, por trás do ataque, estão as forças de Assad.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a missão da ONU enviada ao país não nomeou um culpado pelos ataques, mas somente comprovou que ele foi aconteceu.
Relatório
A comissão criada pela ONU para investigar violações de direitos humanos na guerra da Síria denunciou o “aumento significativo” de crimes perpetrados por grupos opositores e combatentes estrangeiros que entraram no país árabe.
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“Brigadas inteiras são agora formadas por combatentes que ingressaram na Síria, com os Mujahedins como os mais ativos”, disse o presidente da comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, na apresentação do relatório mais recente da comissão ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
(*) Com Efe