O chanceler francês, Laurent Fabius, se encontrou nesta terça-feira (22/10) com secretário de Estado norte-americano, John Kerry. A França voltou a exigir explicações sobre o programa de espionagem dos EUA, que vigiou 70,3 milhões de conversas no país, segundo novos documentos vazados da NSA (sigla em inglês para Agência Nacional de Segurança).
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Durante reunião com Kerry, Laurent Fabius afirmou que “espionagem entre parceiros deve parar”, argumento que também já foi utlizado pela presidente Dilma Rousseff. “Práticas de vigilância massiva são inaceitáveis”, disse o chanceler. Até o momento, Washington não emitiu nenhuma nota oficial sobre o encontro.
Agência Efe
John Kerry e Laurent Fabius em reunião em Paris
A reunião já estava prevista antes da publicação de notícias sobre o novo caso de espionagem. Kerry e Fabius vão participar em Londres de uma reunião entre 11 países – “Amigos da Síria” -, com representantes da oposição síria, para preparar a conferência internacional sobre a transição política no país. Ambos aproveitaram a ocasião para discutir política externa.
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No final da conversa, a Presidência francesa emitiu um comunicado afirmando que Hollande manifestou a Obama “sua profunda reprovação com essas práticas inaceitáveis entre aliados e amigos, porque atentam contra a vida privada dos cidadãos franceses”.
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Segundo informações da Agência Efe, o presidente francês pediu explicações ao dirigente norte-americano e, em especial, sobre o conjunto de informações secretas sob posse de Edward Snowden, que é a origem dos vazamentos para a imprensa nos últimos meses, inclusive os divulgados pelo Le Monde.
Os dois chefes de Estado, segundo a Presidência francesa, concordaram em trabalhar juntos para estabelecer “o alcance exato” da espionagem divulgado pelo jornal francês.
(*) Com informações das agências internacionais