Agência Efe
Centenas de palestinos morreram na ofensiva contra Gaza
Atualizado às 11:10
A Liga Árabe encaminhou nesta segunda-feira (14/07) um pedido de proteção internacional para Gaza do presidente palestino, Mahmoud Abbas, poucas horas antes do início de uma reunião de ministros das Relações Exteriores sobre a crise em Gaza.
Em comunicado, a entidade reitera a necessidade de medidas urgentes para um cessar imediato da “agressão israelense contra Gaza e fornecer proteção para os palestinos”. “Ataques aéreos israelenses sobre Gaza tornaram-se uma questão que não pode mais ser silenciada”, destaca o texto publicado pela Prensa Latina, em Havana, onde está localizada a sede do organismo pan-árabe.
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Apesar de anunciar na manhã de hoje (15) que aceitava o plano de cessar-fogo elaborado pelo Egito, o governo israelense anunciou através da conta oficial das Forças Armadas de Israel no twitter que dará continuidade à ofensiva militar contra Gaza. Segundo o porta-voz do governo, o motivo para a suspensão do cessar-fogo é o suposto lançamento de 47 foguetes em direção ao território israelense.
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Jornais locais afirmam que fontes do Hamas não reconhecem o plano egípcio de cessar-fogo porque nunca foram informados sobre o teor da proposta. Analistas internacionais cogitam que o plano apresentado pelo Egito pode ter sido uma maneira de desviar a atenção internacional devido à repercussão das imagens dos ataques militares na Palestina. O Ministério da Saúde de Gaza elevou para 189 o número oficial de mortos, a maioria civis, e para mais de 1,4 mil os feridos nos oito dias da atual ofensiva militar israelense Margem Protetora contra o território palestino.
ONU denuncia “rastro de morte e destruição” pelos bombardeios a Gaza
A UNRWA (Agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos, na sigla em inglês) afirmou hoje (15) que os bombardeios a Gaza deixaram rastro de destruição na região. O porta-voz da entidade, Sami Mshasha, explicou em videoconferência em Jerusalém que “a ofensiva israelense causou mortes e destruição”, ressaltando que 47 edifícios públicos administrados pelo órgão da ONU foram também destruídos.
“Até o momento, tivemos que abrigar 17 mil pessoas que ficaram sem casa e estamos os realocando para edifícios públicos. Demos às autoridades israelenses as coordenadas de onde estão estes edifícios para que não haja bombardeios lá, visto que nesta ofensiva destruíram 50 instalações da ONU”, declarou.
Considerada a situação, o assessor aproveitou para anunciar que a agência da ONU possui planos de contingência para acolher até 50 mil pessoas. Mshasha lembrou ao Estado de Israel as normas da Lei Humanitária Internacional e as Convenções de Genebra, e enfatizou que os civis são as principais vítimas dos bombardeios.
“A destruição é em massa, e não se pode esquecer que a Faixa já era um lugar totalmente precário por causa das últimas ofensivas israelenses, de 2008 e 2009, assim como pelo bloqueio ao qual está submetida há oito anos. O sofrimento desses oito dias se somam ao dos últimos oito anos”, concluiu.
(*) Com informações da Prensa Latina e Agência Efe