O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descartou nesta quinta-feira (14/08) o envio de novas tropas terrestres ao Iraque, país que teve a presença ostensiva de militares norte-americanos até 2011, ano em que Obama ordenou a retirada das tropas. No entanto, o presidente afirmou que seguirá com os ataques aéreos, autorizados há uma semana, e com a assistência militar prestada para frear os avanços do grupo jihadista Estado Islâmico.
O mandatário ressaltou ainda que, devido à intervenção militar norte-americana, “o cerco do Estado Islâmico na Montanha Sinjar foi quebrado” e que as pessoas que estavam escondidas na montanha estão a salvo. No entanto, para além do Iraque, há notícias de que o grupo jihadista sunita tem recentemente obtido avanços em suas posições na Síria.
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Agência Efe
Para Obama, designação de Abadi como primeiro-ministro do Iraque pode representar avanço
“Nós ajudamos pessoas vulneráveis a encontrar um local seguro e ajudamos a salvar muitas vidas inocentes”, assegurou Obama após comentar que foram entregues comidas e água por via aérea para assegurar a sobrevivência de pessoas da minoria Yezidi e que a maior parte deles já deixou a montanha.
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Os militares que atuaram na avaliação do local para determinar a necessidade de um resgate “abandonarão o Iraque nos próximos dias”, acrescentou, Obama, durante coletiva de imprensa concedida na ilha Martha's Vineyard, em Massachusetts, onde está em período de férias.
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Agora, segundo o norte-americano, é necessário combater as ações do Estado Islâmico no restante do país contra outros grupos minoritários, como cristãos iraquianos, sunitas, xiitas e curdos. “Nós estamos trabalhando com nossos parceiros internacionais para providenciar assistência humanitária àqueles que estão sofrendo no norte do Iraque”, assegurou.
Por outro lado, disse que continuará com ataques aéreos “para proteger nosso povo e instalações no Iraque. Aumentaremos o envio de assistência militar para as forças de Iraque e Curdistão para lutar contra o Estado Islâmico na linha de frente”.
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Obama ressaltou a necessidade de que todos os iraquianos se unam para lutar contra o Estado Islâmico e pediu novamente que seja instaurando “um governo inclusivo no Iraque sob a liderança do primeiro-ministro designado, [o xiita Haidar al] Abadi”, designado na segunda-feira (11/08).
Os Estados Unidos estão “moderadamente esperançosos [com o governo de Abadi] e que a situação de governo está se movimentando na direção correta”, concluiu Obama.