* Atualizada às 16h27
A Justiça Eleitoral da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (22/06) que as eleições parlamentares serão realizadas no dia 6 de dezembro.
O anúncio foi feito pela presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Tibisay Lucena, que, em conferência de imprensa, comunicou ainda que as candidaturas poderão ser registradas entre os dia 3 e 7 de agosto. O período oficial de campanha eleitoral começará em 13 de novembro e durará até 3 de dezembro, dias antes da data do pleito.
Agência Efe
Definição de data das eleições parlamentares era uma das principais reivindicações da oposição
Presidente Nicolás Maduro comentou o anúncio, em seu Twitter: “Vamos mulheres e homens da Pátria unir todas as forças do povo de Bolívar e Chávez para garantir uma batalha e vitória admirável”.
Vamos Mujeres y Hombres de la Patria a Unir todas las Fuerzas del Pueblo de BolívaryChávez,a garantizar una Batalla y una Victoria Admirable
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 22 junho 2015
Mesmo com o governo tendo garantido que realizaria as eleições ainda este ano, os senadores brasileiros de oposição Aécio Neves e Aloysio Nunes, — que lideraram uma missão parlamentar a Caracas na semana passada e não conseguiram cumprir a agenda prevista — argumentaram que a viagem tinha como objetivo pedir o estabelecimento de uma data para a realização das eleições parlamentares no país sul-americano, além de averiguar as condições em que se encontra Leopoldo López e solicitar sua libertação.
O candidato derrotado nas eleições de 2013 e líder de um setor da MUD (Mesa de Unidade Democrática), Henrique Capriles, comemorou, em seu Twitter, o anúncio: “Por fim se tem data para as eleições! Agora mais do que nunca união e mudança. Cada venezuelano tem a força para consegui-lo”.
Ya por fin se tiene fecha elecciones!Ahora más que nunca #UniónYCambio Cada venezolano tiene la fuerza para lograrlo!
— Henrique Capriles R. (@hcapriles) June 22, 2015
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Assista à trecho do anúncio feito pela presidente do CNE venezuelano, Tibisay Lucena, em coletiva de imprensa:
Desprestígio
A indefinição da data para as eleições parlamentares era um dos principais focos de crítica da oposição da Venezuela. A esse respeito, a presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Tibisay Lucena, ressaltou que “nunca este Poder (eleitoral) deu sinais de que não haveria um processo eleitoral este ano. Lucena ressaltou ainda que foi revista toda a normativa eleitoral, além de materiais de mesas eleitorais, manuais de adesivos e tudo relacionado à eleição.
Lucena detalhou que mais de 504 mil novos venezuelanos estarão aptos a votar. Ela ressaltou ainda que solicitará à Unasul (União das Nações Sul-Americanas) a formação de uma missão eleitoral “que nos acompanhará nos próximos meses e no dia da eleição”.
Ela também criticou a postura da oposição diante do fato: “Desde o começo de 2015 foi falado que teríamos eleição este ano”, e chamou o processo opositor de “campanha de desprestígio” do CNE para “impor uma agenda à sua maneira”.
Em março, uma missão da Unasul foi enviada a Caracas para mediar a crise entre o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição. Na ocasião, fora anunciada a realização das eleições em setembro. A entidade considerou, à época, que o “pleito se apresenta como o melhor cenário para apaziguar a situação política no país”.
Nas eleições será renovada a totalidade das cadeiras da Assembleia Nacional, que atualmente contam com maioria governista.