O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou, nesta segunda-feira (07/09), que a fronteira que o país divide com a Colombia na região do estado de Zulia – conhecida como passagem de Paraguachón –, será fechada. Também decretou estado de exceção em três municípios – Guajira, Mara e Almirante Padilla – e enviou cerca de 3.000 soldados das Forças Armadas para reforçar a segurança da área.
O anúncio foi feito apenas 20 dias depois do fechamento da passagem fronteiriça de Táchira, que gerou uma crise diplomática com a Colômbia. O país presidido por Juan Manuel Santos já anunciou que irá levar a questão para a ONU. A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, vai para Nova York para se reunir com o secretário-geral, Ban Ki-moon, e tratar da crise fronteiriça.
Sobre a questão, Maduro propôs uma reunião com o presidente colombiano e afirmou aceitar a mediação do Brasil e da Argentina para tentar resolvê-la. No entanto, declarou que é o único que pode impor condições, já que afirma fazer parte dos “agredidos” na questão.
Agência Efe
O presidente Maduro em exposição em agosto, quando prometeu prender e punir todos os integrantes de grupos paramilitares colombianos
NULL
NULL
O local é um dos mais violentos do mundo devido à presença de guerrilheiros e paramilitares colombianos que lucram com o narcotráfico e o contrabando, justificativa apresentada por Caracas para o fechamento das fronteiras.
Refugiados sírios
Mesmo enfrentando uma crise fronteiriça em seu próprio país, Maduro anunciou, nesta terça (08/09), que a Venezuela está disposta a receber 20 mil refugiados da Síria.
De acordo com a ONU, mais de 4 milhões de sírios fugiram do país devido à guerra civil. Até agora, somente três países da América Latina desenvolveram programas para receber refugiados: Brasil, Argentina e Uruguai.