O Conselho de Segurança da ONU votará nesta sexta-feira (20/11) o projeto de resolução contra o Estado Islâmico (EI) impulsionado pela França, devido aos atentados da semana passada em Paris, que resultaram em 130 mortos.
O texto pede que todos os países tomem “as medidas necessárias” para agir contra os jihadistas na Síria e no Iraque. A resolução não invoca, contudo, o capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que autoriza legalmente o uso da força.
A resolução também visa “redobrar e coordenar” esforços na luta antiterrorista, expressa a intenção de ampliar as sanções contra indivíduos e entidades vinculadas com o EI e pede mais atitudes para deter o fluxo de combatentes estrangeiros rumo ao Oriente Médio.
O embaixador francês para a ONU, François Delattre, disse aos jornalistas que a negociação do projeto estava em sua última fase, mas que não podia especificar quando começaria a votação.
Agência Efe
A França está pressionando a ONU a se posicionar contra o EI
NULL
NULL
União Europeia
Os ministros da União Europeia estão em reunião de emergência nesta sexta em Bruxelas, também a pedido da França. O encontro pretende determinar medidas de combate ao terrorismo no continente, o que inclui implementar vistorias mais rigorosas nas fronteiras para todos os viajantes, refugiados ou não, como medida de emergência.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, já havia dito que os terroristas se aproveitam da crise de refugiados pela qual está passando a Europa para entrar no país despercebidos.
O ministro do interior da França, Bernard Cazeneuve, disse ser “urgente que a Europa acorde, se organize e se defenda contra as ameaças terroristas”.
Agência Efe
Operação em St-Denis deixou três mortos
Operações francesas
Na madrugada de terça-feira (17/11) a polícia francesa realizou uma grande operação envolvendo mais de 100 homens em Saint-Denis, subúrbio de Paris, durante a qual um dos suspeitos vestia um colete de explosivos e se suicidiou.
Até quinta-feira a polícia havia declarado que dois suspeitos foram mortos. Nesta sexta-feira, no entanto, foi revelado que um terceiro suspeito não identificado também estava presente no apartamento, que provavelmente era o homem-bomba.
A polícia francesa havia chegado a cogitar que Hasna Ait Boulahcen, morta na ação e prima do suposto mentor dos atentados em Paris, Abdelhamid Abaaoud, tinha se suicidado e causado a explosão. Esta versão foi desementida com a descoberta do terceiro corpo.
Até o momento, 130 pessoas morreram devido à onda de atentados, reinvidicada pelo Estado Islâmico, que assolou a capital francesa. Na última sexta (13/11), Paris foi alvo de ao menos seis ataques diferentes em diversos restaurantes, na casa de shows Bataclan e no Stade de France, onde ocorria um amistoso entre França e Alemanha, com a presença de Hollande.