A partir de janeiro, “Mein Kampf” (Minha luta), de Adolf Hitler, poderá ser livremente editado na Alemanha, o que até agora não tinha acontecido porque o estado federado da Baviera, dono dos direitos autorais, tinha impedido sua publicação. Diante disso, o governo alemão declarou que a análise do livro em sala de aula é positiva.
A declaração foi feita pela ministra de Cultura alemã, a democrata-cristã Johanna Wanka, em entrevista divulgada nesta quinta-feira (24/12) pelo jornal Passauer Neue Presse devido à iminente publicação de uma edição do livro do ditador comentada por especialistas do Instituto de História Recente (IfZ) de Munique.
Agência Efe
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“Os estudantes também terão dúvidas e é bom que elas sejam tiradas em sala de aula, que seja possível falar sobre o tema”, afirmou a ministra.
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Wanka espera que a partir de 2016 haja um livro “com uma avaliação científica” à disposição dos cidadãos “para que as mensagens de Hitler não fiquem sem resposta”.
“A edição crítica do IfZ tem como objetivo contribuir para a educação política e está escrito para que possa ser entendido pelo público geral”, garantiu ela.
No fim deste ano, coincidindo com os 70 anos da morte de Hitler, expiram os direitos autorais do “Mein Kampf”, uma obra de 700 páginas que mistura o relato autobiográfico e a propaganda política na qual o líder nazista expõe claramente sua ideologia nacionalista, racista e violenta.
Antecipando-se a uma possível publicação não comentada, o IfZ elaborou uma edição crítica com milhares de notas em cerca de 2 mil páginas e tiragem reduzida.
*com Agência Efe