Pesquisas divulgadas nesta sexta-feira (03/06) indicam que a candidata Keiko Fujimori, da Força Popular, lidera a disputa para as eleições presidenciais do Peru, que terão seu segundo turno neste domingo (05/06).
Segundo os dados divulgados pela empresa CPI, a filha do ex-ditador Alberto Fujimori (1990-2000) tem 51,6% das intenções de voto contra 48,4% do segundo colocado, o fundador e líder do PPK (Peruanos Por el Kambio), Pedro Pablo Kuczynski.
Já o Instituto Datum aponta uma vantagem maior para Keiko, 52,1% contra 47,9% do ex-ministro da Economia.
Agência Efe
Segundo pesquisas,Keiko Fujimori aparece na liderança das intenções de voto das eleições presidenciais
No primeiro turno das eleições, realizado em 10 de abril, Keiko saiu vitoriosa com 39,8% dos votos, seguida por Kuczynski, com 21%.
Na segunda-feira (30/05), Verónika Mendoza, líder da coalizão peruana de esquerda Frente Ampla, declarou seu voto em Pedro Pablo Kuczynski no segundo turno para “barrar o fujimorismo”. Com 18,7% dos votos, ela foi a terceira colocada no primeiro turno do pleito.
“Não estamos dando nenhum respaldo ou aval ao senhor Kuczynski, o que queremos fazer é barrar o caminho do fujimorismo”, disse Verónika, que acrescentou que votos em branco ou nulos irão favorecer a candidata da Força Popular.
Agência Efe
Verónika Mendoza declarou voto em Pedro Pablo Kuczynski, que concorre com Keiko, para “barrar” fujimorismo
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Apesar da vantagem, a vitória de Keiko é dada por incerta por analistas políticos, especialmente pelo aumento de mobilizações contra a candidata. Keiko enfrenta forte resistência de movimentos sociais, que dizem que sua eleição resultaria em um retrocesso e um retorno ao fujimorismo.
A campanha eleitoral encerrou-se oficialmente nesta quinta-feira (02/06). Em seu último comício no distrito Villa El Salvador, na região de Lima, Keiko reafirmou que lutará contra a “violência e a delinquência” no Peru, com sua proposta de enviar criminosos considerados perigosos para prisões construídas a mais de quatro mil metros de altura. Além disso, afirmou que PPK, seu concorrente – que classificou como “candidato da continuidade” do governo de Ollanta Humala, atual presidente – irá beneficiar grandes empresas.
Kuczynski, por sua vez, disse que o Peru “se tornará um narcoestado” se Keiko vencer as eleições. “Não vamos permitir que o Peru se transforme em um país governado pelo narcotráfico, queremos um país seguro e limpo”, disse em seu último ato de campanha na cidade de Arequipa, no sul.
Cerca 23 milhões de peruanos irão às urnas no domingo para definir o sucessor de Ollanta Humala. O novo ou a nova presidente assumirá o cargo em 28 de julho e seguirá com o mandato até 2021.