Entidades e líderes mundiais condenaram nesta segunda-feira (13/06) o ataque a uma boate gay em Orlando (EUA), no domingo (12/06), que deixou 49 mortos e ao menos 53 feridos.
Agência Efe
Vigília em Nova York presta homenagem a vítimas do ataque a boate gay neste domingo em Orlando
Em discurso, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, condenou a ação, atribuída a Omar Mateen.
“Condeno com a maior força possível os ataques atrozes de extremistas violentos contra pessoas inocentes, escolhidas ao acaso, ou por causa de suas supostas crenças, opiniões ou – como vimos ontem – por sua orientação sexual”, disse Zeid no Conselho de Direitos Humanos da ONU, no início de sua segunda sessão regular de 2016.
Em um comunicado, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, disse que “essa tragédia não é apenas para o povo norte-americano, mas para o mundo inteiro – como são todos os massacres de pessoas mortas por sua fé, por sua orientação sexual, por suas convicções, em todos os países”.
Sem citar LGBTs
Outros líderes que também se manifestaram,não citaram que o ataque foi dirigido à comunidade LGBT. Personalidades como o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, e o rei espanhol Felipe VI falaram somente em “terrorismo”, não citando o alvo da ação.
Pelo Twitter, Tusk disse que “a Europa lamenta as vítimas do horrível ataque com arma de fogo em Orlando”, se
Europe mourns the victims of the horrific gun attack in Orlando. Their families and the people of Florida are in our thoughts and prayers
— Donald Tusk (@eucopresident) 12 de junho de 2016
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Também no Twitter, Martin Schulz afirmou estar “profundamente chocado” e defendeu a necessidade de “permanecer unidos contra o terrorismo”.
Deeply shocked by the many casualties in #Orlando shooting. All my thoughts w relatives & US authorities, we must stay united agst terrorism
— Martin Schulz (@MartinSchulz) 12 de junho de 2016
Felipe VI enviou um telegrama de pêsames nesta segunda-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em que condena “com toda firmeza” um ataque “contrário a todos os princípios” da convivência democrática e reafirma o “firme compromisso” de colaboração da Espanha.
Em visita à China, a chanceler alemã Angela Merkel disse que “ataques mortais como esse nos causam profunda tristeza”.
“Nós estamos firmemente determinados a continuar com uma vida tolerante e aberta, mesmo que ataques mortais como esse nos causem profunda tristeza”, declarou.
Liga Árabe
A Liga Árabe qualificou o ataque como “atroz agressão” e pediu unidade para combater o terrorismo “sejam quais forem suas origens e propósitos”. O secretário-geral da organização, Nabil Elaraby, apontou a necessidade “de rejeitar as tentativas de atiçar a cultura da violência e o ódio da qual se nutre a execrável ideologia terrorista e extremista”.
O Ministério de Relações Exteriores do Egito também expressou em nota sua condenação ao massacre e reforçou sua “firme posição de enfrentar globalmente o fenômeno do terrorismo”.
Já Ashraf Ghani, presidente do Afeganistão, país de origem da família de Omar Mateen, condenou “esse horrível ataque em Orlando, nada pode justificar matar civis. Meus pensamentos estão com as famílias, com as vítimas, assim como com o povo e com o governo norte-americanos”.
Severely condemn the heinous & unforgivable crime in Orlando. It was a coward act of terror. Praying for all those affected by this tragedy.
— Ashraf Ghani (@ashrafghani) 12 de junho de 2016