Pela segunda vez na história do Mundial de Futebol, o Brasil é o país anfitrião do maior evento esportivo do planeta. Talvez a principal diferença entre o torneio de 1950 e o de 2014 esteja no alcance e na instantaneidade com que bilhões de pessoas acompanham os jogos, resultados e fatos relacionados à Copa.
Ao mesmo tempo em que o futebol e as Copas ganharam cada vez mais adeptos e torcedores, maior passou a ser a cobertura da mídia do evento que acontece a cada quatro anos. No caso do Brasil de 2014, são cerca de 20 mil jornalistas de todos os cantos do mundo relatando, fotografando e mostrando o que acontece no país.
A Samuel, agora em sua versão eletrônica, também dedica o período da Copa a trazer o que a mídia independente do Brasil e do mundo vem registrando sobre o antes, o durante e o depois do evento, seus participantes e espectadores. Textos e vídeos postados diariamente darão a medida dos diferentes olhares e observações que irão marcar o cotidiano dos 32 países representados no evento.
Veja todo o material do especial Samuel na Copa:
A intimidade dos brasileiros com a essência do futebol
Seleção australiana tem música oficial gravada por cantora pop
“Allez les bleus! Viva l'Algérie!”
Pikachu pega carona na seleção japonesa
Honduras: onde o futebol explica a sociedade
Um amor tão grande pela Itália
Somos gigantes, somos fortes, somos os nigerianos
O bem-humorado fantasma uruguaio
Wikipedia
Igor Akinfeev: quase 70 jogos pela seleção e diversos recordes nacionais ainda jovem
A seleção da Rússia na Copa não tem em seu elenco nenhum jogador que atue no exterior. Com exceção do técnico italiano, Fabio Capello, nenhum dos integrantes da equipe é manchete nos veículos internacionais. A Gazeta Russa apresenta os jogadores da seleção russa que mais valem a pena acompanhar durante as partidas.
Ígor Akinfeev (goleiro)
Ao observar estatísticas em torno de Igor Akinfeev, pode-se pensar que ele já passou dos 40 anos – são mais de 400 jogos pelo CSKA, quase 70 jogos pela seleção, cinco campeonatos russos, uma Copa da Uefa e diversos recordes nacionais possíveis.
Ígor estreou na categoria professional com 16 anos e, aos 17, já era o goleiro principal do CSKA Moscou, garantindo a primeira conquista do time no campeonato nacional. Desde então, tornou-se uma lenda viva e capitão de um dos mais fortes clubes russos. Na seleção, seu histórico não é tão impressionante devido a duas lesões no passado.
Apesar de todas as regalias, Igor participou apenas uma vez de um grande torneio de futebol como goleiro principal. Em compensação, foi justamente na Eurocopa 2008, quando a equipe de Guus Hiddink chegou às semifinais. Quatro anos mais tarde, Akinfeev, que acabara de se recuperar de uma lesão grave, participou novamente da Eurocopa como substituto de Viatcheslav Malafeev. Porém, no campeonato que acontecia na Polônia, a seleção russa não conseguiu passar da fase de grupos.
Alguns anos atrás, o Manchester United se interessou por Akinfeev. O ex-futebolista Peter Schmeichel confirmou que o então treinador escocês Alex Ferguson via o jogador como um sucessor de Edwin van der Sar. No entanto, o goleiro sofreu uma lesão no ligamento, e a transferência acabou não ocorrendo.
Serguêi Ignachevitch (zagueiro)
Na Rússia, existe uma tradição que remonta aos tempos da União Soviética. No final de cada temporada, a Federação Russa de Futebol elabora uma lista com o nome dos 33 melhores jogadores do país – três de casa posição. Desde 2001, o nome de Serguêi Ignachevitch aparece invariavelmente na lista dos melhores zagueiros como primeiro colocado –um recorde absoluto.
Serguêi começou a jogar no Torpedo de Moscou, mas foi em outro clube da capital que ele se transformou em um jogador de primeira classe – no Lokomotiv, onde conquistou o seu primeiro campeonato. A transferência de Ignachevitch, no final de 2003, foi uma das mais bem-sucedidas do CSKA.
Com seu 1,86 m de estatura, Ignachevitch possui um talento incrível para escolher a posição certa em campo. Além disso, tem excelente jogo aéreo na grande área do adversário e é bom na cobrança de pênaltis. Ao longo de sua carreira já marcou mais de 50 gols. Na seleção russa não existe substituto para o veterano de 34 anos, cujo principal defeito é ser pouco veloz.
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Serguêi Ignachevitch(à dir.): ocupa o posto de melhor zagueiro entre os times russos desde 2001
Alan Dzagoev (meio campo)
É o jogador da seleção russa mais mencionado na imprensa europeia. Dzagoev já incluído nas listas dos jogadores jovens mais talentosos do Velho Continente, mas continua jogando pelo CSKA. Por isso, a Copa 2014 pode se tornar determinante na carreira do jogador.
Aos 17 anos de idade, ele já marcava gols pela equipe titular do CSKA Moscou e celebrava a sua primeira grande vitória – a Copa da Rússia. Na época, os clubes ingleses Tottenham e Chelsea andaram de olho nele, mas Dzagoev permaneceu no CSKA.
O jovem jogador tem todas as qualidades necessárias de um clássico “número dez” do futebol: velocidade, drible, bom chute, visão de campo e instinto para marcar gol. Mas todas elas perdem para uma séria desvantagem do jogador – a sua impulsividade e incapacidade de controlar as emoções em situações difíceis. Durante a sua carreira, ele já foi cinco vezes expulso de campo.
Aliás, é precisamente esse temperamento que impede Alan de se tornar o jogador principal na seleção russa de Fabio Capello. Amante da ordem e da disciplina, o técnico italiano havia até considerado não escalar Dzagoev.
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Alan Dzagoev: todas as qualidades necessárias a um clássico “número dez” do futebol
Aleksandr Kokórin (atacante)
O atacante de 23 anos do Dínamo Moscou é um dos jogadores russos cuja atuação no Brasil será acompanhada de perto por olheiros dos maiores clubes europeus. Ao que tudo indica, Kokórin é capaz de se transformar em uma grande estrela do futebol.
Já aos 17 anos, tornou-se jogador titular do Dínamo Moscou. Mas a fama e o dinheiro inicial não tiveram o melhor impacto sobre ele. Em 2010, Aleksandr não marcou um único gol.
Na temporada seguinte, Kokórin ressurgiu e foi eleito o melhor jogador jovem do país. Na sequência, veio a estabilidade – nas duas últimas temporadas, Kokórin marcou dez gols em cada.
O jovem atacante já compôs a seleção da Rússia para o Eurocopa 2012, quando, por sua semelhança física com o cantor Justin Bieber, ganhou o apelido de “Justin Bieber russo”.
Texto originalmente publicado em Gazeta Russa, veículo de informação em versões impressa e eletrônica que divulga notícias e eventos relacionados à Russia
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