Uma comissão do Congresso dos Estados Unidos publicou nesta quarta-feira (17/04) um dossiê com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suspensão ou remoção de perfis nas redes sociais.
A medida causou controvérsia porque todos os decretos listados corriam em segredo de Justiça, e porque foram assinados pelo ministro Alexandre de Moraes, tratado como inimigo por parte da extrema direita brasileira, e que, mais recentemente, também virou alvo do bilionário sul-africano Elon Musk, simpatizante da extrema direita do Brasil e dos Estados Unidos.
A decisão de publicar as informações foi impulsionada pelo congressista Jim Jordan, conhecido por ser um aliado fiel do ex-presidente Donald Trump.
O histórico de atuações de Jordan em favor do magnata e ex-presidente dos Estados Unidos inclui ações para barrar uma intimação para que Trump tivesse que depor no comitê da Câmara que investigava as responsabilidades sobre a invasão ao Capitólio norte-americano, em janeiro de 2021.
Em dezembro de 2023, ele foi o candidato patrocinado por Trump para disputar a presidência da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, mas acabou perdendo a disputa contra a ala mais moderada do Partido Republicano. Ainda assim, recebeu do ex-mandatário a Medalha Presidencial da Liberdade, em 2021.
O dossiê norte-americano também aborda o recente conflito entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o bilionário Elon Musk.
Segundo o parecer do grupo de congressistas de extrema direita liderado por Jordan, “alguns governos estrangeiros estão erodindo valores democráticos básicos e sufocando o debate em seus países. Os ataques à liberdade de expressão no estrangeiro servem de alerta para a América (como Jordan se refere aos Estados Unidos)”.
“Desde o seu compromisso público com a liberdade de expressão, Elon Musk tem enfrentado críticas e ataques de governos de todo o mundo, incluindo o dos Estados Unidos”, afirmam os parlamentares extremistas.
Com informações de Sputnik e Brasil de Fato.