O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou neste domingo que o Irã deveria dar ao mundo “garantias” de que seu programa nuclear não tem qualquer objetivo militar. Ele está em Istambul, onde se reúne com os chanceleres da Turquia, Ahmet Davutoglu, e do Irã, Manucherhr Mottakki, para dar andamento à negociação de um acordo sobre o programa nuclear iraniano.
De acordo com a Télam, agência de notícias da Argentina, o chanceler turco destacou que, apesar da negativa das principais potências mundiais sobre o assunto, o acordo continua a ser uma ferramenta diplomática que “criou um marco, sendo um instrumento facilitador para incrementar as medidas que gerem confiança”.
Leia mais:
Brasil, Turquia e Irã discutem hoje acordo nuclear firmado em maio
Irã diz que CIA provocou “ruídos falsos” sobre quantidade de urânio no país
Irã sinaliza que desconsidera sanções da ONU, dos
Estados Unidos e da União Europeia
Amorim lembrou que o Brasil sempre alertou o governo do Irã para que adote uma postura mais flexível em torno do acordo. Segundo o ministro, a mesma postura deveria ser adotada pelos outros países.
O chanceler brasileiro voltou a defender o direito de os iranianos desenvolverem um programa nuclear com fins pacíficos. O acordo nuclear em questão prevê o envio, pelo Irã, de 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido à Turquia para que seja devolvido como combustível nuclear.
De acordo com a Irna, agência de notícias oficial do Irã, o chanceler da Turquia ressaltou que os iranianos estão prontos para retomar, na segunda semana de setembro, as negociações com o Grupo de Viena (Estados Unidos, França e Rússia), o Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Agência Internacional de Energia Atômica.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL