A Venezuela recebeu nesta quinta-feira (24/06) o primeiro lote da vacina cubana Abdala contra a covid-19. O imunizante desenvolvido pela biomedicina cubana teve 92,28% de eficácia comprovada nos testes clínicos com aplicação de três doses.
O governo venezuelano assinou um contrato de compra de 12 milhões de doses da Abdala.
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, celebrou a cooperação entre os dois países. “É outro triunfo em cima daqueles que quiseram oprimir e dominar os nossos povos. Não há bloqueio que possa conter a vontade dos povos. E aqui estamos nessa batalha tremenda pela vida, pela saúde da nossa pátria e da humanidade”, declarou Rodríguez.
A fórmula cubana também será produzida na Venezuela para abastecer um banco de vacinas dos países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba-TCP).
Vice-presidência Venezuela
Cuba e Venezuela assinaram contrato para compra de 12 milhões de doses da Abdala com 92,28% de eficácia contra a covid-19
Os chefes de Estado e governo da Alba se reúnem em Caracas para uma nova cúpula que, entre outros temas de debate, irá discutir a distribuição dos imunizantes para as nações mais vulneráveis do bloco.
Até o momento, Cuba vacinou cerca de quatro milhões de habitantes na primeira fase da campanha nacional de imunização, chamada intervenção sanitária. O objetivo é vacinar todos os cubanos, com fórmulas próprias, até o final de 2021, tornando-se o primeiro país da América Latina a completar esse feito.
Enquanto a Venezuela vacinou 1,3 milhão de cidadãos e busca atingir a meta de 70% de imunizados até o final do ano.
Segundo a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), os países da América Latina vacinaram uma média de 10% da população. O principal fator para a lentidão nas campanhas de imunização seria a concentração de vacinas nas dez maiores potências econômicas mundiais.