Atualizada às 15h16
O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, anunciou nesta quinta-feira (09/07) a proibição da entrada e trânsito em território italiano de viajantes vindos do Brasil ou de outros 12 países que ainda não controlaram a pandemia do novo coronavírus.
A medida vale para aqueles que tenham transitado por algum dos 13 países nas duas semanas anteriores à viagem. Cidadãos italianos estão isentos, mas terão que cumprir 14 dias de quarentena após o retorno. Além disso, o governo também suspendeu todos os voos diretos e indiretos para as 13 nações indicadas.
Estão na lista de proibições Armênia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Chile, Kuwait, Macedônia do Norte, Moldávia, Omã, Panamá, Peru e República Dominicana.
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Segundo Speranza, “para todos os outros países fora da União Europeia e fora do espaço Schengen continua a ser a obrigatória a prática de quarentena”. “Não podemos deixar que os sacrifícios feitos pelos italianos nos últimos meses sejam em vão. A epidemia global está na fase mais aguda”, disse o ministro.
A medida vem após as autoridades sanitárias da Itália terem detectado 39 novos casos na comunidade bengalesa, todos ligados a voos com autorizações especiais provenientes de Daca, capital de Bangladesh. Nesta quarta-feira (08/07), 125 bengaleses foram barrados no Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma, após o desembarque de um avião proveniente de Doha, no Catar.
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Na foto, aeroporto de Roma-Fiumicino; UE já havia restringido países que ainda não controlaram a pandemia, como Brasil
Um dos objetivos da nova medida do governo italiano é coibir a entrada de pessoas provenientes de lugares de risco e que conseguem burlar os controles fazendo conexões em outros países.
No dia 11 de junho, a UE já havia anunciado que manteria as restrições à entrada de cidadãos de países que ainda não controlaram a pandemia do novo coronavírus, como o Brasil.
A diferença dessa medida da Itália para a da União Europeia é que a italiana inclui qualquer pessoa de qualquer nacionalidade que tenha feito trânsito nos países listados, enquanto a da UE fala somente dos cidadãos e deixava aberta a brecha para conexões na tentativa de escapar das restrições.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Itália, que já viveu um dos cenários mais críticos da pandemia na Europa, contabiliza 242.363 casos e 34.926 mortes por covid-19.
*Com ANSA