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Diplomacia

Sem citar Trump, papa Francisco pede respeito ao 'status quo' de Jerusalém

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Presidente dos EUA deve anunciar nesta quarta-feira mudança da embaixada; para papa, medida pode casuar 'novos elementos de tensão'

Ansa

2017-12-06T14:29:00.000Z

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No dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve fazer um anúncio histórico para transferir a embaixada do país para Jerusalém, o papa Francisco fez um duro apelo nesta quarta-feira (06/12) contra a medida, alegando que ela pode provocar "novos elementos de tensões".


"O meu pensamento vai, agora, para Jerusalém. Não posso deixar de expressar minha profunda preocupação pela situação que foi criada nos últimos dias e, ao mesmo tempo, fazer um sincero apelo para que todos se empenhem em respeitar o 'status quo' da cidade, em conformidade com as resoluções das Nações Unidas", disse o líder católico na semanal audiência geral, no Vaticano.

Jorge Mario Bergoglio pediu "sabedoria e prudência para evitar novos elementos de tensões em um panorama mundial já convulsivo, marcado por tantos e cruéis conflitos". Mais cedo, o Papa se reuniu com religiosos palestinos e afirmou que o "diáologo e o respeito" devem ser recíprocos.
   
"Quem não sofre com o irmão sofrente, mesmo ele sendo de outra raça ou religião, língua ou cultura, deve se questionar sobre a sinceridade da sua fé e da sua humanidade". Trump deve anunciar hoje sua decisão de transferir a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém.

Foto: Kobi Gideon /GPO/ Israel Ministry of Foreign Affairs / Fotos Públicas

Papa Francisco afirmou que transferência provocaria "novos elementos de tensão"

A medida tem sido duramente criticada por países árabes, já que, na prática, mostra que os EUA reconhecem que Jerusalém pertence a Israel. A cidade de Jerusalém é considerada sagrada para várias religiões. Com uma população de 857 mil pessoas, Jerusalém é composta por 64% de judeus, 32% de muçulmanos e 2% de cristãos.

Embora o Parlamento israelense e prédios do governo estejam em Jerusalém, nenhuma embaixada estrangeira fica na cidade, já que a capital reconhecida internacionalmente de Israel é Tel Aviv. A maioria dos países mantém uma posição neutra em relação a Jerusalém e apoiam o status de "corpus separatum", sugerido desde 1947 pelas Nações Unidas e o qual prevê que a cidade seja um "regime internacional" devido à sua importância para várias religiões.
   
Apesar disso, Israel já aprovou, nos anos 1980, uma lei que estabelecia que Jerusalém era sua capital. A norma, no entanto, foi rejeitada pela ONU. O lado oeste de Jerusalém pertence a Israel desde que o país foi criado, em 1948. Mas a parte leste, onde a população é predominantemente árabe, foi ocupada por tropas israelenses durante a guerra de 1967. E os palestinos querem fundar lá a futura capital do país que pretendem criar.
   
O enviado especial da ONU para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov, disse hoje que o futuro estatuto de Jerusalém deve ser negociado. "O futuro de Jerusalém é um assunto que deve ser negociado entre israelenses e palestinos em negociações diretas", sugeriu. 

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Coronavírus

Primeiro carregamento de oxigênio sai nesta sexta da Venezuela e deve chegar a Manaus até domingo

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Serão enviados dois caminhões com cilindros de oxigênio acompanhados por escolta militar até a fronteira entre os dois países

Fania Rodrigues

Caracas (Venezuela)
2021-01-15T23:07:00.000Z

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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, informou com exclusividade a Opera Mundi na noite desta sexta (15/01) que o primeiro carregamento de oxigênio para o Amazonas já foi autorizado e será despachado ainda hoje para o Brasil.

A carga vai sair da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela vai ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O ministro venezuelano informou ainda que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”, o que impede, segundo ele, de precisar a quantidade fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas
Carregamento de oxigênio da Venezuela sai nesta sexta do país e deve chegar a Manaus até domingo

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo com Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

A Venezuela possui uma das menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, portando a assistência ao Brasil não afeta sua situação interna. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

Além disso, o país já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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