O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, utilizou seu Twitter nesta quinta-feira (17/09) para responder o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, que escreveu sobre o relatório da ONU que apontaria supostas violações de direitos humanos por parte do governo de Nicolás Maduro.
Arreza rebateu Araújo questionando quantos brasileiros morreram em decorrência da covid-19 “graças à irresponsabilidade” de Jair Bolsonaro. O venezuelano ainda afirmou que esse cenário é um “genocídio”, sendo “realmente um crime contra a humanidade”.
“Senhor Ernesto Araújo: quantas centenas de milhares de brasileiros morreram ou sofreram dor por conta da covid-19 graças à irresponsabilidade do seu presidente? Isso é realmente um crime contra a humanidade: genocídio. Falo com fatos, não com relatos falsos, tendenciosos e ideológicos”, disse.
Senhor @ernestofaraujo: Quantas centenas de milhares de brasileiros morreram ou sofreram danos com #Covid_19, graças à irresponsabilidade de seu Presidente? Isso sim é um crime contra a humanidade: GENOCÍDIO. Falo com fatos, não com relatos falsos, tendenciosos e ideológicos. https://t.co/ARswHnU3ib
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) September 17, 2020
Araújo aproveitou a emissão de uma nota do Itamaraty sobre o relatório da Missão Internacional Independente da Organização das Nações Unidas (ONU) para atacar o governo venezuelano.
Itamaraty
Arreaza rebateu chanceler Araújo (foto): ‘falo com fatos, não ideologias’
O documento da missão afirmou que o governo do presidente venezuelano teria sido o responsável por múltiplas violações dos direitos humanos, que configuram crimes contra a humanidade.
O chanceler venezuelano rechaçou as acusações em publicação nas redes sociais, afirmando que o relatório ilustra a prática de explorar a retórica dos direitos humanos para fins políticos, em vez de defender os direitos humanos.
“Um informe cheio de mentiras, elaborado à distância, sem rigor metodológico algum, por uma missão fantasma dirigida contra a Venezuela e controlada por governos subordinados a Washington, ilustra a prática perversa de fazer política com os Direitos Humanos e não uma política de Direitos Humanos”, escreveu.
O Brasil, junto com os Estados Unidos e outros países, reconheceu Guaidó como o líder legítimo da Venezuela e acusou Maduro de permanecer no poder de forma ilegal. Maduro, por sua vez, acusa os EUA e Guaidó de tentarem derrubar seu governo para ter acesso aos recursos naturais do país. A Venezuela tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
(*) Com Sputnik