Países signatários do acordo nuclear com o Irã se pronunciaram sobre resolução anunciada pelos EUA de não certificar o acordo nesta sexta-feira (13/10). Reino Unido, França e Alemanha afirmaram em comunicado conjunto que continuam “comprometidos” com o acordo nuclear com o Irã, após os Estados Unidos ameaçarem deixá-lo.
A primeira-ministra britânica, Theresa May; a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, se mostraram “preocupados com as possíveis implicações” da decisão de Washington de se retirar do pacto se não forem corrigidos “defeitos graves” alegados pelos EUA.
“Os nossos governos estão comprometidos em garantir que o JCPOA (Plano Integral de Ação Conjunta, como é conhecido o acordo nuclear entre Irã e Grupo 5+1) será mantido”, diz o comunicado.
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Países signatários apresentaram posição afirmando que Irã vem cumprindo os termos do acordo
“O acordo nuclear foi a culminação de 13 anos de diplomacia e um importante passo à frente para conseguir que o programa nuclear do Irã não seja usado para fins militares”, afirma o texto, que ressalta que o pacto recebeu o apoio unânime do Conselho de Segurança da ONU.
May, Merkel e Macron pediram ao governo e ao Congresso dos Estados Unidos para que considerem as implicações para a segurança do próprio país e de seus aliados “antes de dar qualquer passo que possa afetar o JCPOA, como reintroduzir sanções ao Irã suspensas em virtude do acordo”.
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Além de defenderem a vigência do pacto, os três líderes afirmaram que compartilham “as preocupações sobre o programa de mísseis balísticos do Irã e sobre atividades regionais que também afetam os interesses de segurança na Europa “.
“Estamos preparados para tomar novas medidas que forem apropriadas para corrigir estes problemas em cooperação com os Estados Unidos e todos os aliados relevantes”, diz o comunicado, que pede ao Irã para participar de um “diálogo construtivo” com o fim de “acabar com ações desestabilizadoras e avançar rumo a soluções negociadas”.
Posicionamento russo
A chancelaria russa também afirmou que continua comprometida com a preservação e implementação do acordo e pediu para todos os participantes “fazerem o mesmo”.
O vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, afirmou que Moscou pretende buscar a colaboração com os outros signatários do acordo nuclear e “intensificar o dialógo com os Estados Unidos”.
Para Ryabkov, a decisão de Trump não “fortalece a confiança nos meios diplomáticos” e transforma “questões que pareciam estar fechadas e resolvidas de uma maneira satisfatórias para todos os envolvidos” em um “problema político”.
*Com informações da EFE e SPUTNIK.