Quinta-feira, 22 de maio de 2025
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‘O Hamas perdeu o controle da Faixa de Gaza. Os terroristas estão fugindo para o sul. Os civis estão saqueando as bases do Hamas, eles não confiam no governo’, foi o que disse o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, nesta segunda-feira (13/11), em um vídeo transmitido pelas principais emissoras de TV de Israel.

O ministro declarou que “nada é capaz de deter” as forças israelenses, que estão avançando “de acordo com os planos e realizando as tarefas com precisão”, acrescentando que as FDI “intensificaram” suas atividades nos túneis do Hamas e anunciando “planos ofensivos” contra o Hezbollah libanês ao norte.

Após mais de cinco semanas de confrontos, em comunicado, as FDI divulgaram que destruiram a estrutura militar organizada pelo grupo palestino no norte de Gaza. Esta região é a mais atingida por bombardeios, incluindo escolas, abrigos da ONU, hospitais e campos de refugiados, sob a justificativa de que ali o Hamas coordena seus ataques:

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“As forças terrestres das FDI estão lutando nas áreas onde estão localizados vários batalhões da organização terrorista. A capacidade de combate foi seriamente desestruturada, e de fato as estruturas militares do Hamas na parte norte da Faixa de Gaza deixaram de funcionar de forma organizada”, informa o texto.

Já paralelamente à ação em Gaza, Israel afirmou ter aprovado “planos defensivos e ofensivos” contra as forças do Hezbollah, o grupo fundamentalista libanês aliado do Hamas.

“Nós estamos preparando os planos operacionais extensos para o norte. Nossa missão é trazer segurança. A situação não pode continuar com os civis se sentindo inseguros para voltar a suas casas”, declarou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Herzi Halevi.

Em pronunciamento, Yoav Gallant declarou que civis do enclave palestino perderam confiança nos ‘terroristas’ que ‘estão fugindo para o sul’; Hezbollah fala em apoiar segunda frente contra Israel

Twitter/IDF

Ministro da Defesa de Israel afirma que ‘Hamas perdeu controle da Faixa de Gaza’ e exalta exército israelense

Milhares de moradores foram retirados da fronteira com o sul do Líbano desde o início da guerra. Os libaneses, com mais estrutura militar que o Hamas, têm mantido um atrito constante na região, o que pressiona as forças de Israel.

Seu líder, Hassan Nasrallah, afirmou que o objetivo é apoiar uma segunda frente contra o Estado judeu, ainda que não haja um envolvimento maciço na guerra.

“Trabalhamos por tarefas. Não temos cronômetro. Nós temos objetivos. Alcançaremos os nossos objetivos”, continuou Gallant, em referência à fala anterior do Ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, de que a pressão internacional pode forçar a nação a alterar as suas ações em Gaza.

“Temos duas ou três semanas até que a pressão internacional realmente aumente, mas o Ministério das Relações Exteriores trabalha para ampliar a janela de legitimidade e a luta continuará enquanto for necessário”, declarou o chanceler nesta segunda-feira (13/11), citado pelo seu porta-voz.

As operações militares na Faixa de Gaza partem do comando das autoridades de Tel Aviv que seguem rejeitando quaisquer pedidos de cessar-fogo com o objetivo de “eliminar o Hamas”.

Desde o início do conflito e a intensificação dos ataques no enclave palestino, o Ministério da Saúde em Gaza informou que mais de 11.180 pessoas, incluindo crianças, mulheres e idosos, perderam a vida, enquanto ao menos 29.200 ficaram feridas. Já as autoridades israelenses contabilizam aproximadamente 1.400 mortes civis sob os ataques do Hamas.