A guerra de Israel contra o grupo palestino Hamas, que começou em 7 de outubro de 2023, completou 100 dias neste domingo (14/01) sem a possibilidade do conflito armado chegar ao fim, já que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu que “ninguém vai parar” a ofensiva.
Na data que marca o 100º dia, mais de 100 palestinos morreram nas últimas 24 horas após um ataque de míssil a um edifício residencial em Rafah, acrescentando-se à devastação, segundo relatou a emissora catari Al Jazeera.
Com esse novo ataque, o Ministério da Saúde palestino informou que a quantidade de mortos no enclave palestino em virtude do conflitou subiu para 23.968, além de milhares de pessoas feridas.
Mesmo com a alta taxa de vítimas, Netanyahu disse que não fará “compromissos”, como um cessar-fogo, que é defendido por diversas autoridades do mundo. Desejando uma “vitória total” contra o Hamas, o chefe de governo israelense prometeu que a guerra continuará até que “todos os objetivos” do país sejam alcançados.
O impacto da guerra é avassalador, com milhares de vidas perdidas, danos extensos à infraestrutura e uma crise humanitária desastrosa em desenvolvimento.
Por conta disso, a África do Sul formalizou um documento que acusa Israel pelo “genocídio” cometido contra os palestinos e levou à Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas (ONU), sediada em Haia, na Holanda.
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Na data que marca 100º dia de ofensiva, mais de 100 palestinos morreram após um ataque de míssil em Rafah
O texto, que começou a ser analisado em audiência na quinta-feira (11/01), pede que a CIJ declare que o governo israelense violou a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante os ataques contra o Hamas, na Faixa de Gaza.
Os representantes de Israel rejeitaram o processo instituído pela África do Sul e associaram a denúncia como sendo um “panfleto”.
Além dessa iniciativa sul-africana, outras também ocorrem, como a campanha dos Houthis do Iêmen contra navios comerciais no Mar Vermelho, declarando apoio aos palestinos sob cerco israelense. O conflito se intensificou a ponto de crescerem preocupações sobre seu impacto no Oriente Médio, já que a aliança coordenada pelos Estados Unidos bombardeou mais de uma vez locais do grupo no Iêmen.
Protestos contra a guerra eclodiram globalmente, com uma das maiores manifestações pró-palestina na capital dos EUA, instando o presidente Joe Biden a interromper o apoio militar a Israel. Enquanto isso, em Tel Aviv, uma manifestação de 24 horas marcou os 100 dias desde o início do conflito, com apelos à unidade em meio à crescente insatisfação com o manejo do governo da situação.
(*) Com Ansa e Brasil 247.