Quarta-feira, 14 de maio de 2025
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A guerra de Israel contra o grupo palestino Hamas, que começou em 7 de outubro de 2023, completou 100 dias neste domingo (14/01) sem a possibilidade do conflito armado chegar ao fim, já que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu que “ninguém vai parar” a ofensiva.

Na data que marca o 100º dia, mais de 100 palestinos morreram nas últimas 24 horas após um ataque de míssil a um edifício residencial em Rafah, acrescentando-se à devastação, segundo relatou a emissora catari Al Jazeera.

Com esse novo ataque, o Ministério da Saúde palestino informou que a quantidade de mortos no enclave palestino em virtude do conflitou subiu para 23.968, além de milhares de pessoas feridas. 

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Mesmo com a alta taxa de vítimas, Netanyahu disse que não fará “compromissos”, como um cessar-fogo, que é defendido por diversas autoridades do mundo. Desejando uma “vitória total” contra o Hamas, o chefe de governo israelense prometeu que a guerra continuará até que “todos os objetivos” do país sejam alcançados.

O impacto da guerra é avassalador, com milhares de vidas perdidas, danos extensos à infraestrutura e uma crise humanitária desastrosa em desenvolvimento.

Por conta disso, a África do Sul formalizou um documento que acusa Israel pelo “genocídio” cometido contra os palestinos e levou à Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas (ONU), sediada em Haia, na Holanda.

Em pouco mais de três meses, ofensiva israelense matou 23.968 pessoas, incluindo cerca de 10 mil crianças, deixando ao menos 60 mil feridos

Reprodução / @idfonline

Na data que marca 100º dia de ofensiva, mais de 100 palestinos morreram após um ataque de míssil em Rafah

O texto, que começou a ser analisado em audiência na quinta-feira (11/01), pede que a CIJ declare que o governo israelense violou a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante os ataques contra o Hamas, na Faixa de Gaza.

Os representantes de Israel rejeitaram o processo instituído pela África do Sul e associaram a denúncia como sendo um “panfleto”.  

Além dessa iniciativa sul-africana, outras também ocorrem, como a campanha dos Houthis do Iêmen contra navios comerciais no Mar Vermelho, declarando apoio aos palestinos sob cerco israelense. O conflito se intensificou a ponto de crescerem preocupações sobre seu impacto no Oriente Médio, já que a aliança coordenada pelos Estados Unidos bombardeou mais de uma vez locais do grupo no Iêmen.

Protestos contra a guerra eclodiram globalmente, com uma das maiores manifestações pró-palestina na capital dos EUA, instando o presidente Joe Biden a interromper o apoio militar a Israel. Enquanto isso, em Tel Aviv, uma manifestação de 24 horas marcou os 100 dias desde o início do conflito, com apelos à unidade em meio à crescente insatisfação com o manejo do governo da situação.

(*) Com Ansa e Brasil 247.