Arcangelo Corelli, exímio violinista italiano e compositor de música barroca, morre em Roma aos 59 anos, sendo enterrado no Panteão da igreja de Santa Maria Ad Martires, o Panteão de Roma.
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Nasceu em Fusignano, província de Ravena, Itália, em 17 de fevereiro de 1653. Era filho de uma das famílias mais importantes da cidade. Desde cedo estudou violino em sua cidade natal. Muito jovem mudou-se para Bolonha em 1966, cidade na qual estudou violino com destacados mestres como Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli, tendo despertado grande interesse devido às suas aptidões e talento.
Em 1670 passa a ser membro da Academia Filarmônica de Bolonha. Em 1675 traslada-se a Roma e imediatamente ganha certa notoriedade, o que lhe valeu ser recebido pela rainha Cristina da Suécia. Foi adotado e alojado pelo cardeal Pietro Ottoboni, sobrinho do papa Alexandre VIII. Em Roma alcançaria uma extraordinária fama como violinista, enquanto também aperfeiçoava sua técnica em composição.
Em 1682 se converteu em primeiro violinista da orquestra de capela da igreja de São Luis dos Franceses em Roma. Em 1684 ingressou na Congregazione dei Virtuosi di Santa Cecilia, no mesmo ano em que adotou o nome de Arcomelo Erimanteo. Em 1700, Corelli era já o primeiro violinista e diretor de concertos do Palácio da Chancelaria. Sua fama era tal que em 1706 ingressou na Academia da Arcadia, uma altíssima distinção à época, onde conheceu Domenico Scarlatti. Dois anos depois conheceria Händel.
Corelli é tido como um dos mais ilustres precursores da sonata pré-clássica e o representante por excelência do concerto grosso. A música de Corelli exerceu grande influência nos compositores alemães, especialmente em Bach e Händel. Depois das de Franz Joseph Haydn, as obras de Corelli foram as mais publicadas e reeditadas de seu tempo.
Dedicou-se à direção musical e à composição, criando uma obra escassa, porém de grande valor na história da música. Sua obra é, de certo modo, insólita para a época, pois dedicou seu talento exclusivamente para a música instrumental, com preferência ao violino, dando relevância à música dramática. Corelli foi o primeiro compositor a alcançar fama musical sem se voltar à música cantada.
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Em 1681 publicou sua primeira coleção de sonatas em forma de trio, destinadas a serem tocadas em igrejas, o que igualmente ocorreu com a terceira (1689). A segunda (1685) e a quarta (1694) foram compostas para câmara.
Sua produção alcança e contribui para a maturidade do estilo barroco italiano, com a culminação do concerto grosso e a composição da forma sonata pré-clássica, que tão importante iria se mostrar ao longo do século 18.
Ao mesmo tempo, o trabalho no desenvolvimento técnico do violino converteu suas composições no fundamento da escola violinística clássica, que ainda hoje conserva sua vigência pedagógica.
Corelli morreu no auge da fama, tendo sido inumado no Panteão de Roma.
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