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Hoje na História

Hoje na História: 1871 - Nasce a revolucionária socialista polonesa Rosa Luxemburgo

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Uma de suas frases mais célebres foi: 'Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres'

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2020-03-05T17:15:00.000Z

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Rosa Luxemburgo, a líder de uma facção revolucionária do Partido Social-Democrata Alemão durante a Primeira Guerra Mundial, nasce em 5 de março de 1871, em Zamos, Polônia, região que à época estava sob controle russo.

A mais nova de cinco filhos de uma família judaica de classe média baixa, Luxemburgo passou a se interessar por política desde muito jovem. Em 1889, deixou a Polônia e o regime repressivo czarista de Alexander III, o predecessor do czar Nicolau II e foi para Zurique, Suíça, onde estudou ciências naturais e economia política.

Em 1898, Luxemburgo casou-se com um trabalhador alemão, Gustavo Lubeck, adquirindo então a cidadania alemã. Estabeleceu residência em Berlim, onde se filiou ao Partido Social-Democrata alemão, conhecido como SPD, na ocasião a mais importante organização do socialismo internacional de todo o planeta.

Nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo adotou crescentemente posições firmes e decididas em sua ideologia, defendendo uma greve geral como catalisadora que radicalizaria a ação dos trabalhadores e daria lugar a uma revolução socialista internacional.

Ela e seus companheiros da ala mais à esquerda do SPD opuseram-se duramente à participação da Alemanha na Guerra, vendo-a como um conflito imperialista que de modo algum iria beneficiar a população. Esta postura afastou-a da liderança do partido, que defendia o esforço de guerra na esperança de que a vitória germânica levaria a um conjunto de reformas.

Em dezembro de 1914, Luxemburgo e o socialista alemão Karl Liebknecht formaram a facção revolucionária do SPD chamada de Liga Spartaquista, em homenagem a Spartacus, escravo que liderou uma rebelião em 73 a.C. contra a classe dirigente da República Romana.

Wikimedia Commons
Rosa Luxemburgo se tornou mártir da causa da revolução socialista internacional

Como sua enérgica porta-voz, Luxemburgo publicou um livro em 1916, “A crise na Social-Democracia alemã” em que acusa a social-democracia de ter traído a classe operária alemã por endossar um esforço de guerra de cunho essencialmente capitalista e imperialista. A única solução para a crise, acreditava Luxemburgo, era uma revolução internacional de classe.

Após uma demonstração spartaquista em maio de 1916 contra a Guerra, Luxemburgo foi novamente presa, tendo permanecido na cadeia pelo restante da Primeira Guerra Mundial. Em seguida a sua libertação, em novembro de 1918, determinada pela decisão do chanceler germânico, Max von Baden, de libertar todos os prisioneiros políticos, Luxemburgo começou a transformar a Liga Spartaquista no Partido Comunista da Alemanha (KPD).

No mês de janeiro seguinte, os spartaquistas, reunidos em Berlim para desencadear uma rebelião contra o governo de coalizão de Von Baden e Friedrich Ebert, o líder do SPD, Luxemburgo juntou-se a eles relutantemente, instando seus seguidores a não tentar iniciar a insurreição antes de conseguir formar um suficiente apoio popular. Não teve condições de impedi-los e os rebeldes spartaquistas lançaram-se ao ataque em 10 de janeiro.

Ebert imediatamente ordenou que o exército alemão subjugasse a rebelião. No conflito que se seguiu, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram capturados e assassinados. O corpo dela, atirado num canal de Berlim, só foi recuperado cinco meses mais tarde.

Mártir

Com sua morte, Luxemburgo tornou-se mártir da causa da revolução socialista internacional. Como sua companheira spartaquista, Clara Zetkin, escreveu: “Em Rosa Luxemburgo, o ideal socialista era uma paixão dominante e poderosa tanto da mente quanto do coração. Sacrificou-se pela causa, não somente no instante de sua eliminação e sim dia-a-dia, hora-a-hora, trabalhando e lutando durante muitos anos. Era a espada e a chama da revolução”.

São de Rosa Luxemburgo as famosas frases: “Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?”; “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.”; e “Socialismo ou barbárie”.



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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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