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Morre, aos 81 anos, o sindicalista e ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar

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Político enfrentava Parkinson e faleceu em sua residência em decorrência de complicações da doença

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-05-26T14:54:00.000Z

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Morreu na madrugada desta quinta-feira (26/05) em Campinas, interior de São Paulo, o petroleiro, sindicalista e ex-prefeito da cidade Jacó Bittar, aos 81 anos. Ele enfrentava Parkinson há alguns anos e sua morte ocorreu em decorrência de complicações da doença. 

Bittar foi um dos fundadores do Sindicato dos Petroleiros de Paulínia e Campinas, além de ter participado da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983, e do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, sendo secretário-geral do partido por quatro anos. 

Neste período, o político representava um dos expoentes do movimento sindical que combatia a ditadura militar, ao lado de outras lideranças como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Olívio Dutra e Luiz Gushiken. 

Jacó Bittar, então presidente do Sindicato dos Petroleiros de Campinas, início da década de 1980 (Foto: Arquivo Público do Estado de São Paulo)

Tendo começado a trabalhar na Petrobras em 1962 como operador de processamento, liderou, anos mais tarde, em 1983, a primeira greve de petroleiros desde 1964, sendo demitido juntamente com centenas de trabalhadores.

Disputou a primeira eleição em que o PT participou em 1982, concorrendo ao Senado pela legenda, e tendo a atriz Lélia Abramo de suplente. Neste pleito, Lula concorria como candidato ao governo de São Paulo e tinha Hélio Bicudo como vice. 

@Juruna53/Twitter
Jacó Bittar foi trabalhador da Petrobras e sindicalista da categoria de petroleiros

Voltou a concorrer como senador em 1986, e foi eleito prefeito de Campinas em 1988, administrando a cidade até 1992. Um ano antes, ele migra para o Partido Socialista Brasileiro, mantendo, no entanto, vínculos com a agremiação petista. Lula inclusive o visitou recentemente em sua casa. 

Em nota, o partido ao qual pertenceu até 1991 diz que “sua atuação nacional e internacional inscreveram Jacó no livro da história do movimento sindical brasileiro e do Partido dos Trabalhadores”.

O PSB, por sua vez, divulgou um comunicado por meio do atual vice-prefeito de Campinas Wanderley de Almeida, dizendo que Bittar “ao longo de mais de 50 anos de militância pelo Brasil” foi um “personagem ativo nas lutas e transformações sociais do país, sendo condutor ideológico e construtor da democracia brasileira”. 

O texto diz ainda que na cidade que governou, ele promoveu uma revolução com “administração moderna, inovadora através de seus projetos sustentáveis, ecológicos, educacionais e de mobilidade urbana”. 

Jacó Bittar faleceu em sua residência e deixa três filhos. Seu velório ocorre a partir das 11h30 na Capela do Cemitério da Saudade, em Campinas, com enterro previsto para às 16h30, no Cemitério de Sousas.

(*) Com Rede Brasil Atual. 

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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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