Sexta-feira, 18 de abril de 2025
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O Tribunal Nacional de Justiça (CNJ) do Equador confirmou nesta segunda-feira (07/09) a condenação a oito anos de prisão para o ex-presidente do país Rafael Correa. 

Com a decisão, o ex-mandatário não poderá apresentar sua candidatura às eleições presidenciais que acontecerão no país em fevereiro de 2021. No mês passado, o político afirmou que seria candidato à vice-presidência pela coalização de esquerda União pela Esperança (Unes).

A sentença da Justiça equatoriana também atinge outras 15 pessoas, entre elas o ex-vice-presidente Jorge Glas. Além disso, a sentença impossibilitou Correa de exercer funções públicas pelos próximos 25 anos.

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“No final conseguiram. Em tempo recorde eles conseguem uma sentença 'definitiva' para me impedir de me candidatar. Não entendem que a única coisa que fazem é aumentar o apoio popular. E a única coisa a que eles realmente nos condenam é vencer!”, escreveu Correa pelo Twitter.

A defesa do ex-presidente, bem como diversos organismos internacionais, denunciam o uso do lawfare contra Correa, quando a justiça é utilizada para perseguir adversários políticos.

Ex-mandatário havia anunciado que tentaria a vice-presidência; defesa e organismos internacionais denunciam lawfare

Wikicommons

Ex-mandatário havia anunciado que tentaria a vice-presidência; defesa e organismos internacionais denunciam lawfare

O Equador viveu uma mudança de hegemonia política com a vitória do atual presidente Lenín Moreno nas eleições de 2017. Moreno, que é ex-vice de Correa, foi eleito com uma proposta de continuidade dos mandatos progressistas correístas, mas abandonou o programa após a vitória e adotou uma política neoliberal de austeridade e repressão contra movimentos populares.

Corre vive na Bélgica desde 2017, quando os processos contra ele começaram a ameaçar sua militância política.

*Com ANSA