Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

Ortega vence eleições na Nicarágua e assumirá 4º mandato consecutivo

Encaminhar Enviar por e-mail

Com mais de 75% dos votos, atual mandatário obteve ampla vantagem sobre os concorrentes e deve permanecer no cargo até 2027; EUA chamam eleição de 'fraude'

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-11-08T13:05:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Atualizada em 08/11, às 18h40

O atual presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, venceu as eleições presidenciais realizadas neste domingo (07/11) e se encaminha para assumir o 4º mandato consecutivo. Com 75,92% dos votos, o candidato da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) obteve ampla vantagem sobre os outros cinco concorrentes de oposição e deve permanecer no cargo até 2027.

A divulgação parcial dos resultados foi feita na madrugada desta segunda-feira (08/11) pelo órgão eleitoral do país. Segundo o Conselho Supremo Eleitoral (CSE), já foram apuradas 97,74% das urnas. De acordo com as autoridades eleitorais da Nicarágua, a votação ocorreu sem nenhuma complicação e a participação eleitoral foi de 65,23%.

"Agradecemos o povo da Nicarágua que foi protagonista desta festa cívica e histórica para o nosso país", afirmou Brenda Rocha, presidente do órgão eleitoral.

Pela oposição, o candidato mais votado até o momento é Walter Espinoza, do Partido Liberal Constitucionalista, que recebeu 14,15% dos votos.

Ortega ocupou a Presidência pela primeira vez entre 1985 e 1990, sendo um dos quadros mais relevantes da Revolução Sandinista que derrubou a ditadura dos Somoza, em 1979. Ele retornou ao governo em 2007, após vencer as eleições do ano anterior, e voltou a ser reeleito para os mandatos de 2012 a 2017 e 2017 a 2022.

Durante a campanha, o atual mandatário concentrou suas promessas na ampliação dos programas sociais criados em suas gestões, focando seus planos de governo na área social e econômica. O atual governo ainda aposta no combate ao que classifica como "ataques imperialistas", após acusar entidades não governamentais de estarem aliadas aos Estados Unidos para desestabilizar a política nacional.

Reprodução/@DanielOrtegasa
Ortega se prepara para assumir 4º mandato consecutivo

EUA chamam eleição de 'fraude'

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a eleição geral na Nicarágua não foi democrática e ameaçou aplicar mais sanções contra o governo nicaraguense. 

Em comunicado, Biden disse que "o que o presidente Daniel Ortega e sua mulher, a vice-presidente do país Rosario Murillo, orquestraram hoje foi uma eleição de pantomima que não foi livre nem justa e certamente não democrática".

"Os Estados Unidos, em estreita coordenação com outros membros da comunidade internacional, usarão todas as ferramentas diplomáticas e econômicas à nossa disposição para apoiar o povo da Nicarágua e responsabilizar o governo Ortega-Murillo", diz a declaração da Casa Branca.

Setores da oposição denunciam 'perseguição'

Alguns setores da oposição na Nicarágua denunciam uma suposta perseguição por parte do governo Daniel Ortega. Prisões de políticos que ocorreram meses antes das eleições foram apontadas por partidos opositores como uma tentativa do atual mandatário retirar potenciais rivais da disputa eleitoral.

As prisões de Félix Maradiaga, que planejava lançar candidatura pelo partido Unidade Nacional Azul e Branco, e de Víctor Hugo Tinoco, ex-ministro das Relações Exteriores e membro do partido União Democrática Renovadora (Unamos), são alguns dos casos apontados pela oposição como exemplos de "perseguição" do governo nicaraguense.

Os opositores foram enquadrados na lei nº 1055 de Independência, Soberania e Autodeterminação para a Paz, que busca punir a promoção de intervenção estrangeira. De acordo com o governo, opositores presos estariam agindo para desestabilizar a política interna do país com auxílio externo, principalmente dos EUA.

Em entrevista a Opera Mundi concedida em agosto, o ministro das Relações Exteriores da Nicarágua, Denis Moncada, justificou as ações judiciais e afirmou que o governo norte-americano tenta derrubar Ortega do poder.

“Os EUA não aceitam o governo da Nicarágua, eleito democraticamente, e seguem tentando derrubá-lo, desrespeitando a soberania e autodeterminação da Nicarágua. Eles financiam essas pessoas que estão sendo processadas e investigadas, usando-as como cavalos de Troia para desestabilizar o governo de Ortega”, alegou Moncada.

*Com Telesur e Sputnik

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

União Europeia declara que texto de acordo nuclear é 'definitivo'; Irã nega finalização

Encaminhar Enviar por e-mail

Negociações entre bloco econômico e Irã ocorrem para tentar salvar o acordo chamado Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), assinado originalmente em 2015

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-08T22:30:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Fontes da União Europeia informaram nesta segunda-feira (08/08) que o bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear que é debatido em Viena, na Áustria, com o Irã e com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Nós trabalhamos por quatro dias e hoje o texto está na mesa. A tratativa terminou, o texto é definitivo e não será renegociado", disse um funcionário do bloco, em condição de anonimato, aos jornalistas que acompanham os debates.

Pouco tempo depois, porém, o governo do Irã negou a informação por meio da declaração de um diplomata à agência estatal iraniana Irna. "Não estamos em uma fase em que sequer podemos falar de finalização de texto", disse o representante, em condição de anonimato.

Segundo o iraniano, ainda há alguns pontos em "suspensão" e o resultado das conversas "dependerá da determinação dos outros participantes em tomar decisões políticas sobre as propostas já apresentadas por Teerã".

Em Viena, outro funcionário da União Europeia contou aos jornalistas que as delegações dos países e organizações envolvidos deixariam o local e que agora "tudo dependerá da resposta formal dos participantes", o que deve ocorrer nos próximos dias.

European External Action Service/Flickr
Bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear; para Irã ainda há alguns pontos em "suspensão"

As negociações entre as partes ocorrem para tentar salvar o acordo assinado em 2015, chamado de Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), que inclui todos os membros do CS da ONU (Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido - mais a Alemanha), com intermediação da UE.

O pacto perdeu força em 2018, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do acordo e reimpôs sanções unilaterais contra o Irã. Como resposta, Teerã parou de respeitar diversos itens do pacto de maneira intensa, como o enriquecimento de urânio, o que poderia indicar a construção de armas nucleares. Na última semana, o governo do país chegou a dizer que já tinha essa capacidade, mas que não queria construir os armamentos.

No entanto, com a eleição de Joe Biden, que tomou posse em janeiro de 2021, voltou a ser aberta a possibilidade de que os EUA voltassem ao acordo para tentar apaziguar a situação.

E, desde o fim do ano passado, dezenas de reuniões entre delegações de todas as nações envolvidas foram realizadas para tentar a chegar a um novo acordo para a implementação das regras.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados