O chefe do gabinete ministerial do Peru, Aníbal Torres, afirmou na última terça-feira (07/06) que existe um plano “político, midiático, fiscal e judicial” do Congresso “dominado pela oposição para obter acesso ilegal ao governo”, e defendeu que é preciso impedi-lo.
“Há um plano político, midiático, fiscal e judicial para desacreditar e realizar um golpe contra o presidente”, disse Torres. O primeiro-ministro declarou ainda que existe um “assédio permanente” promovido pela imprensa de Lima, capital peruana, contra o presidente Pedro Castillo.
O terceiro premiê a ocupar o cargo em menos de um ano de governo Castillo anunciou “àqueles que desejam chegar ao poder” que “concorram nas eleições” e repudiou “qualquer ato inconstitucional de acessar ao governo da República”.
Aníbal Torres assumiu o cargo de primeiro-ministro do Peru em fevereiro de 2022, após a renúncia de seu antecessor, Hector Vale, acusado de agressão e violência doméstica.
Flickr
Aníbal Torres repudiou “qualquer ato inconstitucional de acessar ao governo da república”
Peru Livre
Não é de hoje que o Peru tem enfrentando uma tensão política pelo mandato presidencial. Desde que o esquerdista do partido Peru Livre, Pedro Castillo, se elegeu mandatário do país em 28 de julho, seu governo tem sido alvo de diversas tentativas de impeachment.
Em dezembro de 2021, o Congresso rejeitou, com 46 votos a favor e 76 contra, um primeiro pedido de destituição contra Castillo. Em março de 2022, o órgão aprovou a abertura de mais um processo, que contou com 76 deputados a favor e 41 contra. No entanto, o documento foi rejeitado ainda no final de março.
Nos documentos por sua destituição, o professor e ex-sindicalista foi acusado de corrupção e incapacidade de gestão pela oposição de direita no Parlamento.
(*) Com Telesur