Atualização às 16:28
Após a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite desta quinta-feira (01/09), em Buenos Aires, presidenciáveis brasileiros se manifestaram nas redes sociais, repudiando a agressão e prestando solidariedade à política argentina.
“Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade”, escreveu o ex-presidente e candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no Twitter.
Toda a minha solidariedade à companheira @CFKArgentina, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa.
— Lula 13 (@LulaOficial) September 2, 2022
Lula disse ainda que “violência e ódio político” vêm sendo “estimulados por alguns” e é uma “ameaça à democracia na nossa região”, acrescentando esperar que “o autor sofra todas as consequências legais”.
Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio politico que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas.
— Lula 13 (@LulaOficial) September 2, 2022
O candidato à presidência Ciro Gomes, do PDT, também mencionou “a nuvem de ódio que se espalha pelo nosso continente” ao lamentar o atentado contra Kirchner.
“O atentado frustrado a Cristina Kirchner por pouco não transforma em chuva de sangue a nuvem de ódio que se espalha pelo nosso continente. Nossa solidariedade a esta mulher guerreira que com certeza não se intimidará”, declarou Gomes.
O atentado frustrado a Cristina Kirchner por pouco não transforma em chuva de sangue a nuvem de ódio que se espalha pelo nosso continente. Nossa solidariedade a esta mulher guerreira que com certeza não se intimidará.
— Ciro Gomes 12 (@cirogomes) September 2, 2022
Simone Tebet, do MDB, por sua vez, falou em “violência política” no Brasil e na Argentina, afirmando que é necessário “dar um basta a tudo isso”.
“As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza!”, acrescentou a presidenciável.
Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições.https://t.co/1iceOAS75h
— Simone Tebet (@simonetebetbr) September 2, 2022
Sofia Manzano, do PCB, declarou que o atentado contra a vice-mandatária da Argentina “representa a exportação do comportamento fascista impulsionado pela família Bolsonaro”, com “intolerância política, violência, ódio”.
O atentado contra Cristina Kirchner representa a exportação do comportamento fascista impulsionado pela família Bolsonaro:
Intolerância política, violência, ódio.— Sofia Manzano 21 (@SofiaManzanoPCB) September 2, 2022
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Cristina Kirchner sofreu tentativa de assassinato por um brasileiro de 35 anos na última quinta-feira (01/09)
Já o candidato Leonardo Péricles, presidenciável da UP, manifestou “toda solidariedade” à Cristina Kirchner, afirmando que para deter a “escalada fascista” é preciso seguir a reação do povo argentino e ocupar as ruas em todo país no dia 7 de setembro.
Toda solidariedade a Cristina Kirchner, vice-presidenta da Argentina q sofreu uma tentativa de assassinato essa noite. P/ deter essa escalada fascista, q não respeita leis e democracia, temos q seguir a reação do povo Argentino. Dia 07/09 temos que ocupar as ruas em todo Brasil!
— Leo Pericles 80 (@LeoPericlesUP) September 2, 2022
“Repudio o atentado e tentativa de assassinato da Cristina Kirchner”, sintetizou a presidenciável Vera Lúcia, do PSTU.
Repudio o atentado e tentativa de assassinato da Cristina Kirchner.
— Vera 16 (@verapstu) September 2, 2022
Soraya Thronicke (União Brasil) escreveu que não se pode “subestimar do que o ódio é capaz”, acrescentando ter usado, na campanha de 2018, colete a prova de balas. Ela também afirmou lamentar por Kirchner.
Qdo falo em reforçar a segurança,ñ é exagero.Ñ podemos subestimar do que o ódio é capaz. Na campanha de 2018 usei colete a prova de balas e termino esta 5ª lamentando o atentado contra Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina.Que Deus olhe por nós. ?? pic.twitter.com/7jCUj7nqAd
— SorayaPresidente (@SorayaThronicke) September 2, 2022
Felipe D’Avila, do Novo, escreveu que “não há divergência ideológica que justifique ou normalize qualquer ato de violência”, chamando a agressão que ocorreu contra Kirchner de “inaceitável”.
O atentado à vice-presidente argentina @CFKArgentina é absolutamente inaceitável. A violência da cena impressionou a todos nós.
Não há divergência ideológica que justifique ou normalize qualquer ato de violência.
— Felipe D’Avila | 30 (@fdavilaoficial) September 2, 2022
No início desta tarde, Jair Bolsonaro, do PL, pronunciou-se sobre o caso durante um evento no Rio Grande do Sul. “Lamento”, afirmou Bolsonaro, também dizendo “ainda bem” que o agressor “não sabia mexer com arma”.
” Agora, quando eu levei a facada, teve gente que vibrou por aí, né? Lamento, já tem gente que quer botar na minha conta esse problema”, acrescentou.
José Maria Eymael, do DC, que ainda não havia feito declarações sobre o atentado contra Kirchner, prestou “solidariedade” à vice-presidente e aos “irmãos argentinos”, afirmando que o ato foi uma “agressão à vida e à paz”.
Agressão à vida e a paz! A nossa solidariedade à Vice-Presidente da República Cristina Kirchner; e aos nossos irmãos argentinos, pela violência contra a democracia, contra a vida e paz!
— José Maria Eymael (@Eymaeloficial) September 2, 2022
Solidariedade latino-americana
Presidentes latino-americanos também repercutiram a violência registrada na noite desta quinta-feira, na Argentina. Gabriel Boric, do Chile, declarou que a tentativa de assassinato de Cristina “merece o repúdio e a condenação de todo o continente”, acrescentando que “o caminho será sempre o debate de ideias e o diálogo, nunca as armas ou a violência”.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro afirmou que a população de seu país repudia com veemência o ocorrido “que busca desestabilizar a paz do irmão povo argentino”. A Grande Pátria está com você, companheira”, concluiu.
O peruano Pedro Castillo disse que seu governo condena o atentado e repudia qualquer ato de violência. Em Cuba, Miguel Díaz-Canel disse estar “consternado” com a tentativa de assassinato e prestou solidariedade a Kirchner e ao povo argentino.
Na Bolívia, o ex-presidente Evo Morales afirmou que “a Pátria Grande está com você, irmã.
“A direita criminosa e servil ao imperialismo não passará. O povo livre e digno da Argentina a derrotará”, escreveu.
O argentino papa Francisco enviou uma mensagem de solidariedade por meio de um telegrama, afirmando que “desejo expressar minha solidariedade e proximidade neste delicado momento”.
“Rezo para que sempre prevaleçam na querida Argentina a harmonia social e o respeito aos valores democráticos, contra todo tipo de violência e agressão”, disse o pontífice.
(*) Com Ansa