A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, condenada por envolvimento no escândalo de corrupção “Catargate“, foi liberada do regime de prisão domiciliar, que cumpria desde 14 de abril, nesta quinta-feira (25/05).
A Procuradoria Federal da Bélgica informou que foram impostas condições para a liberação de Kaili, mas sem dar detalhes. A grega havia sido presa em regime fechado em 9 de dezembro do ano passado. Em abril, porém, passou para a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
O fim da detenção segue decisões análogas no caso, como no caso do companheiro de Kaili e ex-assessor parlamentar do grupo Socialistas & Democratas (S&D), o italiano Francesco Giorgi, e do eurodeputado belga Marc Tarabella.
Permanecem presos cautelarmente em regime domiciliar o ex-eurodeputado italiano Pier Antonio Panzeri e o eurodeputado italiano Andrea Cozzolino.
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Ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili
Kaili, Giorgi, e Panzeri foram presos no dia 9 de dezembro quando as autoridades belgas fizeram operações de busca e apreensão contra pessoas que estariam envolvidas em esquema de pagamento de suborno por parte do governo do Catar.
No entanto, Panzeri fechou um acordo com os procuradores belgas e está ajudando nas investigações. Diante disso, o advogado de Kaili, Michalis Dimitrakopuolos, chegou a afirmar que as acusações feitas pelo italiano i no âmbito da investigação sobre o caso de corrupção eram falsas.
O caso de corrupção envolvendo eurodeputados tornou-se público em dezembro passado. Desde então, são investigados por, supostamente, terem recebido grandes recompensas financeiras para votar favoravelmente, em decisões do Parlamento, sobre o Catar. O dinheiro era lavado via Marrocos, sendo Giorgi e Panzeri apontados como os distribuidores da propina.
(*) Com Ansa