O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, anunciou nesta terça-feira (12/09) em coletiva de imprensa que suspendeu sua participação no processo de transição com o atual presidente, Alejandro Giammattei.
A medida é um protesto após a decisão do Ministério Público de fazer buscas na sede do Tribunal Superior Eleitoral em busca de provas de supostas fraudes nas recentes eleições gerais.
Arévalo acusou o setor da justiça de “querer levar a cabo um golpe de Estado” contra ele.
O presidente eleito também pediu as demissões imediatas da procuradora-geral Consuelo Porras, do investigador Rafael Curruchiche e do juiz Fredy Orellana, que seriam os autores da tentativa de golpe.
Twitter/Bernardo A´revalo
Arévalo acusou setor da justiça de "querer levar a cabo um golpe de Estado" contra ele
Nas buscas nos escritórios do TSE foram abertas várias caixas contendo fichas eleitorais, um gesto que para os especialistas da Fundação para o Desenvolvimento da Guatemala (Fundesa) representa uma grave violação da lei.
Ante la situación provocada por Porras, Curruchiche y Orellana, hemos informado al Presidente Giammattei que suspendemos temporalmente nuestra participación en proceso administrativo de transición en tanto se restablecen las condiciones políticas institucionales necesarias. pic.twitter.com/oigpWSrNxU
— Bernardo Arévalo de León (@BArevalodeLeon) September 13, 2023
Arévalo derrotou nas urnas, no último dia 20 de agosto, a candidata conservadora Sandra Torres, que não reconheceu a derrota e pediu que a justiça verificasse fraudes.