O genro de Osama Bin Laden, Suleiman Abu Ghaith, preso nos Estados Unidos, se declarou inocente nesta sexta-feira (08/03) inocente das acusações de terrorismo que pesam contra ele. No entanto, o tribunal federal que julga o caso, em Nova York, determinou que ele permaneça sob custódia.
Ghaith, de origem kuwaitiana, tem 47 anos e foi acusado de ser um dos chefes de propaganda da rede terrorista Al Qaeda, e de conspirar “para matar cidadãos americanos”.
Ele está preso sem direito a fiança e irá mais uma vez aos tribunais nova-iorquinos o próximo 8 de abril, quando provavelmente o juiz Lewis A. Kaplan determinar a data de início do processo judicial.
O genro de Bin Laden, que cumpre pena máxima de prisão perpétua, foi capturado na Turquia no dia 28 de fevereiro e levado depois à Jordânia, de onde agentes americanos de inteligência o levaram a Nova York um dia depois.
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Casado com uma das filhas de Bin Laden, Fátima, ele entrou algemado na corte e, após uma audiência de cerca de 15 minutos, seu advogado defensor, Philip L. Weinstein, anunciou a declaração de inocência.
Segundo o departamento de Justiça dos Estados Unidos, em 12 de setembro de 2001, no dia seguinte aos atentados terroristas nos Estados Unidos, Ghaith fez uso da palavra em nome da Al Qaeda junto aos números um e dois da organização, Osama bin Laden e Ayman al Zawahiri, respectivamente.
Ele que alertou aos Estados Unidos que um “grande exército se formava contra eles” e convocou “a nação do Islã” a conduzir a batalha contra “os judeus, os cristãos e os americanos”.
A promotoria compara o papel de Ghaith com o de um “conselheiro de uma família mafiosa ou o ministro de propaganda de um regime totalitário”.
(*) com agências de notícias internacionais