Após a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ter anunciado o adiamento da viagem oficial para os Estados Unidos, a Casa Branca divulgou nesta terça-feira (17/09) um comunicado afirmando que a decisão foi tomada em conjunto por ela e Barack Obama, chefe de Estado norte-americano.
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A nota confirma a conversa telefônica entre os dois líderes segunda-feira, na ocasião em que Dilma considerou insuficientes as explicações dadas por Obama sobre o escândalo de espionagem organizado pela NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos). Em 2102, o órgão interceptou conversas da presidente e de seus assessores, além de espionar a Petrobras.
“O presidente disse que compreende e lamenta a preocupação que a divulgação da suposta espionagem norte-americana provocou no Brasil e deixou claro que está comprometido em trabalhar com a presidente Rousseff e seu governo, por meio dos canais diplomáticos, para passar adiante esse tema como fonte de tensão nas nossas relações bilaterais”, afirma o texto.
O texto também afirma que a visita de Dilma aos EUA vai acontecer futuramente, e que o ocorrido foi apenas um “adiamento”, não um “cancelamento”. “O presidente Obama e a presidente Rousseff esperam ansiosamente por essa visita de Estado, que irá celebrar nosso relacionamento mais amplo e não deve ser eclipsada por um único tema bilateral, não importa o quanto esse tema seja importante ou desafiador. Por essa razão, os presidentes decidiram adiar a visita prevista para o dia 23 de outubro”.
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A Casa Branca termina a nota dizendo que Obama “espera ansiosamente receber a presidente Dilma em Washington em uma data a ser acordada mutuamente. Outros importantes mecanismos de cooperação, incluindo diálogos presidenciais em temas de política, economia, energia e defesa, continuarão”.
Há menção na nota de que o governo dos EUA está revisando seus procedimentos de inteligência por ordem do próprio Obama, mas tal operação deverá levar meses para ser concluída.
No entanto, a presidente deverá ir à aos Estados Unidos na próxima semana para participar da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York.