O grupo terrorista Al Shabab executou publicamente quatro somalis perto de Baidoa, no sudoeste do país, acusados de espionar para os Estados Unidos, Quênia e Somália em sua luta contra esse grupo somali, informaram neste sábado (11/06) à Agência Efe fontes de segurança.
Aparentemente, um dos executados teria tido um papel crucial na localização do anterior líder da milícia islamita, Ahmed Abdi Godane, que perdeu a vida em 2014 em um bombardeio dos EUA que alcançou o comboio no qual viajava no sudeste da Somália.
Agência Efe
Na quinta-feira, grupo executou 45 soldados etíopes na cidade de Halgan
Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda, executa de forma regular milicianos e civis que são acusados de espionar para o governo e outras potências estrangeiras que apoiam o Exército somali em sua campanha para acabar com o grupo.
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Quênia, Uganda, Burundi, Etiópia e Djibuti têm tropas desdobradas no país na Missão da União Africana na Somália (AMISOM), que conta com cerca de 22 mil soldados apoiados por forças especiais e assessores de países ocidentais.
Nos últimos meses, os jihadistas optaram por uma estratégia de confronto direta e lançaram vários ataques contra bases militares da AMISOM e mataram a centenas de soldados.
O último foi na quinta-feira (09/06), quando Al Shabab matou 45 soldados etíopes na cidade de Halgan, na região central de Hiran, um ataque no qual também morreram mais de 100 terroristas.
A milícia islamita luta por derrubar o governo e instaurar um Estado islâmico de corte wahhabista na Somália, onde controla grandes extensões de território no sul e o centro do país apesar de, no último ano, ter sofrido grandes perdas.