O Tribunal de Apelação de Perugia, região central da Itália, absolveu nesta segunda-feira (03/10) a norte-americana Amanda Knox pelo assassinato, em novembro de 2007, da estudante britânica Meredith Kercher.
Após a audiência, que durou mais de dez horas a portas fechadas, a Corte determinou ainda a absolvição do italiano Raffaele Sollecito, namorado de Amanda na época.
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A procuradoria de Perugia havia solicitado em 24 de setembro prisão perpétua para Amanda e Sollecito, que tinham sido condenados em dezembro de 2009 em primeira instância a 26 e 25 anos de prisão, respectivamente.
O tribunal de segunda instância determinou ainda a “imediata libertação” dos acusados, que estavam detidos na Itália há quatro anos. Ao deixarem o prédio onde ocorreu o julgamento, ambos foram hostilizados por uma multidão que estava do lado de fora e gritava “vergonha”, em protesto contra a decisão judicial.
O tempo que Amanda passou na prisão também foi suficiente para que ela cumprisse a sentença de três anos ditada nesta segunda pela Corte de Apelação por calúnia contra Patrick Lumumba, um músico congolês a quem a jovem envolveu nos fatos e que foi investigado, mas posteriormente liberado de acusações.
O marfinense Rudy Guede foi condenado pelo assassinato de Meredith Kercher a 16 anos de prisão com uma sentença fixada definitivamente em dezembro de 2010. Guede foi sentenciado em primeira instância em outubro de 2008 a 30 anos de prisão. No julgamento de segundo grau, a pena foi ratificada como definitiva.
Guede foi o primeiro, e agora o único, a ser condenado pela morte da britânica, após chegar a um acordo de pedir um julgamento pela via rápida, decisão que motivou que seu caso se separasse do julgamento geral de Amanda e Sollecito. Com resultado desta terça-feira, sua situação fica agora em dúvida devido à absolvição de seus supostos cúmplices no crime.
A procuradoria acusava os três por serem os responsáveis pelo assassinato do estudante britânica, encontrada degolada em novembro de 2007 na casa de Perugia que dividia com Knox e outras duas estudantes italianas.
A reconstrução dos fatos realizada pela Justiça estabelecia que a jovem britânica não queria participar de um “jogo sexual”, por isso Guede a teria estuprado, e Knox a apunhalado, enquanto Sollecito a segurava.
Os advogados de Knox e Sollecito haviam pedido a total absolvição por considerarem que não havia arma nem provas da presença dos jovens na cena do crime.
Uma perícia solicitada pelo Tribunal de Apelação de Perugia questionou o trabalho da polícia científica após o assassinato, considerado como chave na condenação em primeira instância do então casal.
Logo após deixar o Palácio de Justiça, Diana, irmã de Amanda Knox, disse que ela e seus familiares estavam gratos a todos os que os apoiaram.
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