A Anistia Internacional (AI) denunciou que 36 refugiados sírios foram deportados nesta sexta-feira (04/10) do Egito e pediu a interrupção imediata deste tipo de prática pelas autoridades do país árabe.
O órgão afirmou que os deportados foram detidos em setembro quando tentavam sair em barco do Egito para alcançar a costa europeia, e que muitos deles são de origem palestina.
Ativistas locais disseram à AI que, ontem à noite, os refugiados foram obrigados a assinar um documento em que aprovam seu retorno à Síria, para onde teriam ido hoje de avião saindo do Cairo.
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A Anistia Internacional exigiu que as autoridades egípcias respeitem as leis internacionais e não devolvam refugiados outra vez ao conflito, que já causou a morte de mais de 100 mil pessoas desde que explodiu em março de 2011, de acordo com dados da ONU.
Dos 300 mil sírios que, se estima, vivam no Egito, mais de 105 mil estão registrados como refugiados, indica o Alto Comissariado da ONU para Refugiados.
O Egito endureceu os requisitos para sírios e palestinos para evitar a infiltração de jihadistas, política em andamento desde que o exército depôs em 3 de julho o presidente islamita Mohammed Mursi, que tinha apoiado abertamente a rebelião na Síria.