Após o governo chinês intervir na economia, as principais bolsas chinesas — Xangai e Shenzhen — apresentaram a primeira alta da semana nesta quarta-feira (29/07). Nos últimos dias, o mercado de ações teve a pior queda em oito anos, chegando a despencar mais de 8%. Hoje, a bolsa de Xangai encerrou o pregão em alta de 3,5%.
EFE
Chinês observa volatilidade de ações: país tem milhões de investidores sem experiência de mercado
Na terça (28/07), a CRMV (Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China) anunciou a investigação a respeito de “possíveis irregularidades” na queda da bolsa, bem como garantiu que o Estado continuaria comprando ações para tentar estabilizar as bolsas.
“A possibilidade para que as ações se recuperem no próximo mês é bastante grande, dada que a liquidez é boa agora no mercado”, esclareceu hoje Zhan Qi, analista da Haitong Securities, à Reuters.
Com as medidas, as bolsas europeias também abriram em alta.
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Entenda o caso
Há cerca de 20 dias, o governo chinês anunciou medidas para estabilizar o mercado após ações desvalorizarem 30% em junho. No país, há cerca de 90 milhões investidores individuais, em grande parte amadores e sem conhecimentos financeiros, que tornam o mercado de ações instável e volátil.
No início de 2015, houve um aumento no volume de negociações muito grande, em uma estratégia definida pelo governo para supervalorizar as principais bolsas e usá-las para induzir o crescimento econômico. No primeiro trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) chinês avançou 7%, o pior ritmo em 6 anos.
Ainda não se sabe exatamente o motivo da queda das bolsas chinesas. Uma das possibilidades é a existência de uma bolha no mercado de ações que estaria em vias de estourar na segunda maior economia do mundo.