Um cessar-fogo negociado na última semana entre forças pró-governo e forças opositoras na Síria foi iniciado nesta segunda-feira (12/09) às 19h (hora local, 13h em Brasília).
Grupos humanitários esperam conseguir chegar às áreas mais afetadas pela guerra para auxiliar as vítimas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou hoje que a calma parece prevalecer na maior parte das linhas de frente dos combates entre o Exército e grupos opositores. No entanto, segundo o jornal britânico The Guardian, foram reportadas explosões em Aleppo, Deraa, Homs, Hama e Deir Azzour.
John Kerry, secretário de Estado dos EUA, que participou das negociações, afirmou nesta tarde que esta seria “a última chance para salvar uma Síria unida”. Ele disse também que dados iniciais indicam “alguma redução na violência” entre forças pró-governo e forças opositoras no país, mas que ainda é cedo para estabelecer se o cessar-fogo será de fato eficaz.
Agência Efe
Bashar al-Assad (centro), presidente sírio, durante visita nesta segunda-feira a Daraya, bairro de Damasco, capital síria
A imprensa estatal transmitiu hoje a visita do presidente da Síria, Bashar al-Assad, a Daraya, bairro de Damasco, capital do país. Ele afirmou que o Exército respeitará o cessar-fogo, mas que segue “determinado a recuperar o país dos terroristas e reconstruí-lo”.
O cessar-fogo foi estipulado por Kerry e pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, no sábado passado (10/09) em Genebra.
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Após um período de sete dias de respeito da trégua, EUA e Rússia prepararão ataques coordenados contra posições dos grupos extremistas Al Nusra e Estado Islâmico.
O Comando Supremo das Forças Armadas sírias, respaldadas por Moscou, confirmou hoje em comunicado o começo de um cessar-fogo durante sete dias. A nota ressaltou que “o regime de calma” estará em vigor até 23h59 de 18 de setembro (17h59).
Por sua parte, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança política opositora, e o Exército Livre Sírio (ELS) “atuarão de forma positiva” em relação à trégua, informou o agrupamento.
O acordo indica que, paralelamente, a ajuda humanitária deverá começar a entrar de forma regular a todas as localidades cercadas na Síria, o que, junto com a redução da violência, foi uma condição para que a oposição síria se reincorpore às negociações de paz promovidas pela ONU.
*Com Agência Efe