O presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, apelou depois de se reunir com a governante, Michelle Bachelet, para se “atuar com sentido de união nacional”, a fim de enfrentar a tragédia vivida pelo país por causa do terremoto do sábado passado.
Piñera – que horas antes tinha criticado a “demora” do governo em decretar o estado de exceção e lançar mão dos militares para frear os atos de pilhagem e saques em algumas cidades – mudou seu discurso depois de se reunir com Bachelet.
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“Hoje pedimos ao governo que decretasse o estado de catástrofe, que permite a intervenção das forças armadas em matéria de segurança pública e nos alegramos de que o tenha feito”, disse Piñera. O direitista receberá o comando presidencial no dia 11 de março das mãos de Bachelet em cerimônia “austera e simples” que levará em conta o difícil momento pelo qual atravessa o país.
Ele enfatizou que o mais urgente neste momento é “restabelecer a ordem pública para levar tranquilidade aos cidadãos”, assim como a provisão de água e eletricidade. “A partir do dia 11 de março nosso futuro governo vai ter de assumir esta responsabilidade”, assinalou o governante eleito, destacando a “boa vontade” que encontrou durante sua reunião com a presidente socialista.
“Buscamos mecanismos de coordenação e colaboração para que exista continuidade na ação”, destacou Piñera, recalcando que “o mais sensível e doloroso é a perda de vidas”.
Reconstrução
“Nosso programa de governo não contemplava o fato de que tínhamos que enfrentar a reconstrução de tudo o que o terremoto destruiu”, e por isso vai fazer mudanças nos planos iniciais. “Somos conscientes de que no dia 11 de março vamos assumir não só a responsabilidade de continuar com as medidas de emergência, mas de enfrentar o processo mais longo e penoso: construir o que o terremoto destruiu”, disse.
Para isso, a futura equipe do governo de Piñera começou no próprio sábado a trabalhar no programa de reconstrução das regiões devastadas pelo tremor e o posterior tsunami.
O dirigente conservador advertiu que serão necessários “muitos esforços, trabalho e recursos, além de tempo”, e anunciou que além das medidas do governo e os recursos públicos, será necessário o esforço de todos os cidadãos e também do setor privado. “Isto não compete apenas ao Estado, mas a toda a sociedade chilena porque centenas de milhares de chilenos estão sendo brutalmente golpeados por este terremoto, eles não só necessitam da ajuda do Governo, mas da solidariedade de toda a sociedade chilena”.
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