Os colégios eleitorais da Líbia abriram suas portas às 8h deste sábado (07/07), 3h de Brasília, para as primeiras eleições legislativas desde 1964, em uma jornada na qual estão convocados às urnas 2,8 milhões de líbios. Nesse pleito serão eleitos os 200 legisladores que comporão o CNG (Conselho Nacional Geral), o principal órgão legislativo, que substituirá o CNT (Conselho Nacional de Transição).
Agência Efe
Eleitora líbia comparece a colégio eleitoral em Trípoli, capital do país.
O CNT dirigiu o país desde pouco depois da explosão, em fevereiro de 2011, da revolta popular armada que pôs fim ao regime do ditador Muammar Kadafi. Das 200 cadeiras, 120 estão reservadas para candidatos independentes e 80 para os membros dos mais de 200 partidos concorrentes. Mais de 4000 candidatos se inscreveram para o pleito, mas cerca de 300 foram excluídos pela comissão eleitoral, que aprovou 2500 candidatos independentes e 1200 de movimentos políticos. Entre as candidaturas aprovadas, 629 são de mulheres.
NULL
NULL
O CNT ainda não divulgou a data em que serão anunciados os resultados. Acredita-se, porém, que, após a primeira sessão da nova assembleia, o conselho apresente sua demissão. O Exército líbio decretou estado de alerta para assegurar o desenvolvimento do pleito nos aproximadamente 6.600 colégios eleitorais, e deslocou três mil soldados e 40 mil agentes de segurança para garantir a segurança da votação.
As obrigações do CNG serão designar um presidente e um novo primeiro-ministro. Na quinta-feira (05/07), a atual assembleia legislativa anunciou que a Comissão Constitucional que irá elaborar uma nova Carta Magna não será constituída pelo CNG, sendo escolhida por novas eleições dentro de quatro meses.
Durante a campanha eleitoral, três movimentos destacaram-se: o Partido da Justiça e do Desenvolvimento, criado pela Irmandade Muçulmana; o Al-Watan, do ex-comandante militar de Trípoli Abdelhakim Belhaj; e a coligação liberal liderada por Mahmud Jibril, líder do CNT durante a revolta contra Kadafi.