A Grécia realizou nesta quinta-feira (20/08) o pagamento de uma dívida no valor de 3,4 bilhões de euros ao BCE (Banco Central Europeu), após receber a primeira parcela do terceiro resgate aprovado pelo Parlamento da Alemanha no dia anterior.
EFE
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“Todos os pagamentos previstos para hoje foram feitos. Foram pagos 3,2 bilhões de euros (pelo rendimento) do bônus em 5 anos, seus juros, 200 milhões, e os 7,16 bilhões de euros do empréstimo-ponte de julho”, explicou o Escritório de Gestão da Dívida Pública grega.
Na quarta (19/08), o MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade) deu sinal verde ao desembolso de 26 bilhões de euros a Atenas. Destes, 13 bilhões serão usados pelo governo grego para honrar pagamentos de empréstimos e dívidas.
Outros 10 bilhões de euros serão transferidos a uma conta especial do MEE em Luxemburgo para a recapitalização de bancos gregos e os três bilhões de euros restantes serão entregues “no máximo em 30 de novembro”, segundo o órgão financeiro do bloco.
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Em troca do dinheiro, Atenas deverá implementar uma série de medidas de austeridade, com cortes orçamentários que chegarão a entre 4% e 5% do PIB (Produto Interno Bruto), além de privatizações.
Em meio ao afastamento de uma possibilidade de colapso financeiro ou saída da zona do euro, a Grécia lida ainda com um racha dentro do partido governista, o de esquerda Syriza. Nos últimos dias, tem se especulado a possibilidade de que o premiê, Alexis Tsipras, peça um voto de confiança ao parlamento.
À televisão estatal ERT, o ministro da Energia, Panos Skourletis, conselheiro próximo de Tsipras, disse que é necessário lidar com o racha. “Precisamos saber se o governo tem ou não tem uma maioria”, afirmou, indicando optar pela proposta de eleições antecipadas, possibilidade já indicada por outros ministros.