Atualizada às 13:25
Seis pessoas morreram e oito pessoas entre 35 e 70 anos de idade ficaram feridas em um ataque realizado na noite deste domingo (29/01) contra uma mesquita da cidade de Québec, no Canadá, e dois supostos agressores foram detidos, informou a polícia local.
Testemunhas afirmaram que três pessoas realizaram o ataque a tiros contra as dezenas de pessoas presentes no Centro Cultural Islâmico para as orações de domingo à noite, pouco antes das 20h locais (23h em Brasília).
Um dos suspeitos do ataque foi localizado em uma das pontes da cidade e detido por volta das 21h15 (0h15 de segunda-feira em Brasília), afirmou uma porta-voz da polícia, Étienne Doyon, durante uma entrevista coletiva. Segundo o periódico La Presse, um dos suspeitos estava armado com um fuzil de assalto AK-47, informação não confirmada por Doyon.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, emitiu um comunicado no qual condenou “este ataque terrorista contra muçulmanos em um centro de culto e refúgio” e afirmou que as autoridades ainda estão investigando o caso. “É doloroso ver essa violência sem sentido. A diversidade é a nossa força e a tolerância religiosa é um valor que nós, como canadenses, prezamos”, declarou Trudeau no comunicado.
O primeiro-ministro também lamentou o ataque no Twitter. “Esta noite, os canadenses lamentam os mortos em um covarde ataque em uma mesquita da cidade de Québec. Meus pensamentos estão com as vítimas e suas famílias”, escreveu.
Tonight, Canadians grieve for those killed in a cowardly attack on a mosque in Quebec City. My thoughts are with victims & their families.
— Justin Trudeau (@JustinTrudeau) 30 de janeiro de 2017
O governador da província de Québec, Philippe Couillard, também declarou no Twitter: “Estamos unidos contra a violência. Solidariedade com os quebequenses de crença muçulmana”.
Unissons-nous contre la violence. Solidarité avec les Québécois de confession musulmane.
— Philippe Couillard (@phcouillard) 30 de janeiro de 2017
Agência Efe
Atentado neste domingo (29/01) contra mesquita em Québec, no Canadá, deixou 6 mortos
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Líderes e organizações mundiais condenam atentado a mesquita no Canadá
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, condenou nesta segunda-feira (30/01) o atentado contra a mesquita no Canadá, e ressaltou que a busca por justiça e segurança não deve ser feito às custas da liberdade.
“O ataque tinha como alvo o coração de uma nação conhecida por sua tolerância religiosa e diversidade. Alemanha e Canadá são parceiros na luta contra o terrorismo”, indicou Gabriel.
O ministro, que assumiu o cargo na última sexta-feira, indicou a importância de manter o equilíbrio na luta contra o terrorismo. “O processo contra os autores não deve se fazer à custa de uma sociedade aberta e livre”, afirmou.
Gabriel afirmou que a Alemanha está do lado do Canadá, um país parceiro e amigo, nesta “hora dura” e desejou uma rápida recuperação dos feridos no atentado.
O presidente da França, François Hollande, também condenou “com a maior firmeza” o atentado e disse que os terroristas queriam atacar “o espírito de paz e de abertura dos quebequenses”.
Hollande, em comunicado divulgado pela presidência francesa, qualificou de “odioso” o atentado ocorrido em Québec. O chefe de Estado ressaltou que a França está junto com as vítimas e suas famílias e disse que tinha enviado “uma mensagem de simpatia, de afeto e de solidariedade” ao primeiro-ministro de Québec, Philippe Couillard, e ao do Canadá, Justin Trudeau.
A OCI (Organização para a Cooperação Islâmica), com sede em Jidá, na Arábia Saudita, também expressou nesta segunda-feira sua total rejeição ao “ataque covarde” realizado por terroristas contra a mesquita em Québec.
Em comunicado, o secretário-geral da OCI, Youssef bin Ahmed Al Ozaimin, expressou sua tristeza por esse “ato atroz que fere o espírito da tolerância e humanidade, assim como respeito aos locais de culto”. Além disso, a organização enviou condolências aos familiares das vítimas, ao governo do Canadá e ao povo canadense pelas “dramáticas perdas das almas desses cidadãos”.
No texto, Al Ozaimin reiterou a “rejeição da OCI ao terrorismo manifestado em todas as suas formas”.
Outros países árabes também condenaram o ataque terrorista. Tunísia e Egito, por exemplo, divulgaram comunicados expressando total rejeição ao ataque.
(*) Com Agência Efe