Pelo menos cinco pessoas morreram e 25 ficaram feridas em um atentado com carro-bomba cometido hoje (13) perto de um posto de controle da polícia na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, informou a rede de TV local Dawn.
Um suspeito foi preso na zona de Pishtakara, na capital da Província da Fronteira Noroeste, assim que detonou o explosivo, disse a fonte. Os feridos foram levados para um posto médico na cidade. A Polícia isolou a área do ataque, informou a imprensa paquistanesa.
Pishtakara fica no sul de Peshawar e é um dos principais pontos de entrada da cidade para quem chega das áreas tribais na fronteira com o Afeganistão.
Em comunicado, o ministro do Exterior do Paquistão, Shah Mehmood Qureshi, condenou o atentado. “Estes atos de barbárie e desumanos só conseguirão fortalecer o compromisso de lutar contra o terrorismo”, disse.
EFE
Paramédicos socorrem os feridos no atentado de hoje em Peshawar
O Paquistão enfrenta uma onda de violência terrorista desde o início de outubro, com cerca de 20 ataques contra mercados, edifícios das forças de segurança ou autoridades políticas e militares, nos quais pelo menos 443 pessoas morreram, na maioria civis. Apenas a cidade de Peshawar foi sacudida por atentados em cinco dos dias dessa semana. Ontem, outro atentado suicida, contra a sede regional da principal agência de inteligência do país (ISI), deixou 13 mortos e dezenas de feridos.
A autoria de muitas destas ações foi reivindicada pelo grupo Talibã.
Contra esta onda de ataques, o Exército paquistanês realiza atualmente uma grande ofensiva contra os fundamentalistas na região tribal do Waziristão do Sul, reduto máximo dos talibãs no país.
Hoje, o tenente-coronel Basir Haider disse à agência de notícias espanhola EFE que o comando do Exército espera concluir a “primeira fase” da operação no Waziristão do Sul nos próximos dias.
“Estabelecemos contato a partir de dois eixos de avanço no Waziristão. É um desenvolvimento muito importante. Varremos o território e fechamos os insurgentes. É questão de poucos dias para que as tropas que avançam do terceiro eixo cheguem ao ponto de encontro”, disse.
Segundo Haider, quando isso acontecer, “estará completa” a primeira fase da operação, que já dura quatro semanas. O militar ponderou apenas que haverá incidentes violentos durante muito tempo, mesmo quando a ofensiva passar para um estágio low profile.
“Enfrentaremos focos de resistência durante meses”, previu.
Desde o início da ofensiva, pelo menos 534 fundamentalistas e 63 soldados morreram, segundo cálculos militares, sem comprovação independente.
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