Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas nesta terça-feira (22/01) após a explosão de dois carros-bomba em zonas ao sul e ao noroeste de Bagdá, informaram à Agência Efe fontes policiais.
No primeiro ataque, um veículo conduzido por um suicida explodiu próximo de um posto de controle do Exército na área de Al Mahmudiya, a 250 quilômetros ao sul da capital, e causou a morte de seis pessoas, entre elas dois soldados, além de deixar 14 feridos.
As forças de segurança se deslocaram ao local do ocorrido e fecharam todas as ruas que conduzem à zona.
Na zona de Al Shoala, ao norte de Bagdá, pelo menos cinco pessoas perderam a vida e 15 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba estacionado em um movimentado mercado.
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Ontem, o grupo extremista Estado Islâmico do Iraque, um conglomerado de grupos terroristas vinculado à Al Qaeda, assumiu a autoria dos ataques que ocorreram na semana passada no país.
A organização explicou que os atentados, que deixaram vários mortos e centenas de feridos, serviram de vingança pela detenção de radicais islâmicos em prisões iraquianas.
Estes ataques coincidem com uma crise política no país, palco de protestos nas províncias de maioria sunita que exigem a libertação de detidos e a derrogação da lei antiterrorista, que os sunitas acham que é empregada contra eles.
Na manhã desta terça-feira, o principal bloco opositor, Al Iraqiya, de tendência laica e integrado por líderes sunitas e xiitas, anunciou seu boicote às sessões do governo de união nacional, liderado pelo primeiro-ministro, o xiita Nouri al Maliki.
Al Iraqiya, que conta com oito ministros no Executivo, além de ocupar uma das vice-presidências do governo, justificou sua decisão “pela política de marginalização e a ausência de resposta aos pedidos dos manifestantes”.