O ativista Anna Hazare rompeu neste domingo (28/08) o jejum que mantinha há 12 dias no centro de Nova Délhi, depois que o Parlamento indiano adotou ontem à noite suas exigências para reforçar a luta contra a corrupção.
Dessa forma, Hazare, de 74 anos, deu por finalizada sua greve de fome ao beber água de coco misturada com mel que lhe foi oferecida por algumas meninas. Nas próximas horas, ele será hospitalizado para uma revisão médica que avaliará seu estado de saúde.
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Após agradecer seu apoio “aos compatriotas”, Hazare disse que só suspendeu o jejum, não o deu por concluído. “A luta vai continuar até que o Parlamento aprove a lei (anticorrupção) Lokpal”, cuja emenda exige o ativista.
Ajudado por seus assessores e entre os gritos de seus simpatizantes, Hazare se retirou em seguida do palanque no qual tinha mantido sua greve de fome para ser levado a um hospital.
De 74 anos, o ativista tinha rejeitado durante seu jejum alimentação intravenosa apesar de seu estado de saúde ter se agravado progressivamente.
A greve de fome de Hazare tinha desencadeado uma onda de simpatia popular em massa nas principais cidades indianas, no que tinha se transformado na maior mobilização cidadã contra a corrupção desde a independência do país em 1947.
O ativista concluiu seu protesto após receber uma carta do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, na qual lhe anunciava que o Parlamento aceitava suas demandas, o que meios da imprensa locais interpretam como uma vitória da sociedade civil sobre a classe política.
Singh assegurava em sua carta que “a vontade da Câmara é a mesma que a do povo”.
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