Ativistas da comunidade imigrante foram detidos nesta quarta-feira (18/09) por se algemarem às grades da Casa Branca para exigir que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que freie as deportações de imigrantes ilegais.
No início do protesto, os ativistas levaram uma enorme bandeira com a imagem de Obama pedindo que pare com as deportações. Depois, sete deles se algemaram à grade.
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Gritando palavras de ordem como “Sim, nós podemos!”, em alusão ao slogan da primeira candidatura do presidente, “Obama, entende, o povo se defende”, e “Nem mais um” deportado, os ativistas exigiram medidas presidenciais para frear as deportações, um dia depois de Obama dizer em uma entrevista à emissora “Telemundo” que essa “não é uma opção”.
Com megafone em mãos, a polícia lançou três advertências avisando que os manifestantes estavam violando uma lei federal e se arriscavam a ser presos.
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Os ativistas, vindos de estados como Arizona, Geórgia, Nova York e Louisiana, ignoraram os policiais e continuaram gritando palavras de ordem até que foram detidos e transferidos, um por um, a uma caminhonete.
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O protesto, menos numeroso que em outras ocasiões, tinha o propósito de enviar a mensagem a Obama que o único “não” que aceitarão da Casa Branca é o “não às deportações”.
Ações coordenadas
O ato de “desobediência civil” faz parte de várias ações coordenadas dos grupos pró-imigrantes durante todo o dia de hoje para exigir uma reforma migratória integral.
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Calcula-se que cerca de mil estrangeiros clandestinos são deportados diariamente dos Estados Unidos, o que tem provocado protestos da comunidade imigrante contra o governo americano.
Mas Obama disse na noite de terça-feira que, além de suspender a deportação de alguns estudantes imigrantes ilegais, não pode tomar medidas unilaterais para congelar a deportação do resto dos imigrantes ilegais porque não pode “ignorar a lei” e é tarefa do Congresso aprovar a reforma.
O Senado aprovou a reforma em 27 de junho, mas a Câmara dos Deputados, sob controle republicano, ainda não apresentou sua versão e a maioria dos republicanos prefere dar prioridade à vigilância fronteiriça antes de iniciar um plano de legalização.