O ministro da Justiça líbio, Ali Ashur, e conselheiros do TPI (Tribunal Penal Internacional), estudam a possibilidade de julgar na Líbia Seif al Islam, filho do ex-líder Muamar Kadafi, mas sob segurança e observação internacional, segundo uma fonte do Ministério da Justiça.
O CNT (Conselho Nacional de Transição) líbio mantém negociações com as milícias da cidade de Zintan, onde Islam se encontra detido desde sua captura, em novembro, para ser entregue às autoridades de Trípoli, acrescentou a fonte.
No entanto, um membro próximo ao CNT comentou que uma comissão composta por analistas legais e dirigentes da cidade de Zintan mostraram sua oposição em transferí-lo para Trípoli.
A comissão mostrou seu temor de que a mudança para a capital pudesse facilitar a fuga do filho de Kadafi, que estava sendo preparado para sucedê-lo, e temiam também que membros da equipe de segurança pudessem matá-lo.
Portanto, a comissão solicitou que o filho de Kadafi continue detido em Zintan, e que seja julgado nesta cidade, situada a 160 quilômetros ao sudoeste de Trípoli.
Esta não é a primeira vez que representantes da cidade demonstraram alguma rejeição a transferência de Seif al Islam à capital.
No dia 10 de abril, o porta-voz do governo líbio, Nase al Manaa, já insinuou a possibilidade de que o filho de Kadafi pudesse ser julgado em uma das prisões administradas pelo Ministério da Justiça, embora não tenha dado mais detalhes.
Islam é acusado pelo TPI de ser responsável por crimes contra a humanidade supostamente cometidos pelas forças do regime durante as revoltas na Líbia, em fevereiro de 2011.
No início de abril, o TPI pediu às autoridades líbias a entrega “imediata” de Seif al Islam ao tribunal de Haia, após rejeitar pela segunda vez uma prorrogação solicitada por Trípoli para começar os trâmites do processo.
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